Horas e mais horas já se passaram desde que os moradores de Criciúma, no Sul de Santa Catarina, foram surpreendidos com momentos de terror na madrugada desta terça-feira (1º). O maior assalto da história do Estado se desenrolou durante poucas horas, mas que pareceram se arrastar para quem via e ouvia a ação dos criminosos no Centro da cidade.
Fortemente armados, bloqueando entradas da cidade, fazendo reféns e trocando tiros com policiais, os assaltantes levaram, aproximadamente, R$ 80 milhões de uma agência bancária. Para “despistar” deixaram uma centena de notas para trás. Durante a ação, o soldado Jeferson Esmeraldino foi baleado e continua internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) após passar por cirurgias.
Em entrevista no final da tarde, o delegado geral da Polícia Civil e presidente do Colegiado Superior de Segurança Pública, Paulo Koerich, garantiu que todos os procedimentos utilizados pela Polícia Militar foram corretos e visaram a preservação das vidas dos moradores. “Os policiais são treinados para proteger as vidas e se houvesse um confronto no centro da cidade, certamente teríamos várias pessoas lesionadas e até vidas perdidas. Por isso, a forma como foram adotados os procedimentos na preservação de vidas foi correta”, salientou.
Após o assalto, os criminosos seguiram em comboio para Nova Veneza, cidade vizinha a Criciúma, onde abandonaram 10 carros de luxo em uma plantação. Os veículos foram retirados do local e, de acordo com o delegado geral, já começaram a ser periciados, em trabalho conjunto com o IGP (Instituto Geral de Perícias).