Receba as notícias mais importantes do dia no WhatsApp. Receba de graça as notícias mais importantes do dia no seu WhatsApp.
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
Divulgação
Rio Grande do Sul

Como desconstruir um herói ou um mito

- Por Anaximandro Pezzin

Anaximandro Pezzin
por  Anaximandro Pezzin
27/04/2020 19:39 – atualizado há 3 anos
Continua depois da publicidadePublicidade

A mera omissão e inércia seriam suficientes para colocar em cheque a reputação do Ministro.

Deveria ter permanecido em sua lide de mais de duas décadas, assumiu algo fora de sua natureza.

Outrora considerado um gênio, construiu notoriedade internacional, mas a frente de Ministério não foi capaz de manter o que havia conquistado.

O Governo atual foi eleito para limpar o Brasil. Buscamos liquidar o estado cleptocrata, havíamos contato com os bons serviços do Juiz, esperava-se dele algo magnífico.

Empossado como Ministro, tremeram as bases dos corruptos, a ponto de questionável figura política, sem qualquer justificativa plausível, abdicar do cargo de Deputado e mudar-se para a Europa.

Aguardávamos do Ministério e suas forças tarefas, verdadeira faxina em estatais e órgãos públicos, mas passado mais de ano da posse, pouco ou nada se viu.

Talvez pelo respaldo ninguém questionava a demora em resultados, mas, é fato que foram improdutivas a PF e Ministério da Justiça.

Mesmo situações singelas seguem abandonadas.

Não se sabem os detalhes da tentativa de homicídio do Presidente.

Quem pagou os advogados de Adélio?

Quais os assuntos tratados nas dezenas de chamadas de Adélio com grandes pessoas da política nacional nos dias que precederam o atentado e no dia do atentado?

Que estatais foram auditadas?

A corrupção teve de súbito a dádiva da suspensão de severas investigações.

Se bem analisado, os processos em andamento são do período que precede o Ministro exonerado, não fora noticiada em sua gestão nenhuma grande investigação, processamento, inquérito ou indiciamento.

Para piorar, além de resultados pífios, trouxe para si, para seu grupo de trabalho, a seu convite, pessoas no mínimo questionáveis, com grandes vínculos a própria oposição, a velha política, mitigando sua reputação.

Seja como for, quando Juiz em seu gabinete decidia, despachava, publicava; como Ministro precisava dialogar, e nessa nova dinâmica foi incapaz de manter sua produtividade (na melhor das opções).

Errou o Juiz ao assumir algo acima de suas condições, ou, fora de suas reais intenções.

Errou o Juiz em sua coletiva. Se de fato algo pende contra o Presidente, deveria tê-lo feito nas vias formais, nunca da forma como posta, gerando grande desconforto, instabilidade, lesando a nação.

Caso de fato o Presidente tenha cometido irregularidades, deverá o Ex Ministro trazer as evidências, provas e elementos, para assim preservar sua honra, não o fazendo os termos de sua coletiva servirão como seu suicídio moral.

A nós, cidadãos normais, a inércia, contratação de pessoas estranhas e outros detalhes passaram despercebidas, mas, errou o Presidente ao contratar alguém que não tinha como demitir.

Em pouco tempo saberemos os detalhes e reais interesses dos envolvidos, por enquanto segue hígido o governo eleito com 57.797.847 votos.

AnaximandroZambonatto Pezzin, empresário e Advogado em Erechim RS, posGraduacoes em Gestão Cooperativa e Direito da Empresa e doConsumidor.

E-mailanaxpezzin@gmail.com

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE