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Santa Catarina

Cooperativismo mostra seu lado social na pandemia

Por Ivan Ramos

Ivan Ramos - Fecoagro
por  Ivan Ramos - Fecoagro
29/06/2020 13:32 – atualizado há 3 anos
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Já se passaram mais de três meses do anúncio da pandemia do coronavírus em SC e no Brasil e continuamos vivendo praticamente um regime de excepcionalidade. A cada dia surge algo inusitado ou imprevisível, e a população fica atônica, com tantas análises diferentes sobre o assunto, com tanta disseminação de desinformações ou distorções de opiniões e ela fica praticamente sem rumos, diante das controvertidas decisões de governos em diversas esferas. O abre e fecha continua.

Daqui pra frente, tudo vai ser diferente, como diz a música do Roberto Carlos. Mesmo após a pandemia, vamos ter que nos adequar a nova realidade. Aos poucos já estamos assim nos comportando e admitindo que determinadas posições se modificaram e o comportamento das pessoas também. Em casa, no trabalho, na política, e na comunidade.

Não nos cansamos de ressaltar que a solidariedade da população se aflora a cada dia. Muitos corações duros e egoístas, amoleceram e viram que não são tão poderosos como achavam, quer na esfera econômica e financeira, quer nas posições políticas ou administrativas que detinham.

A pandemia fez barba e cabelo, de cima em baixo, afetando a todos. Aqueles que têm mais recursos financeiros certamente sofrem menos, porque tem a alternativa de ficar em casa se protegendo mais, porém, do outro lado sabem que estão se descapitalizando, acumulando menos, isto é, gastando sem produzir como antes. Aqueles que se protegem por estarem bem empregados, com estabilidade de emprego, sem sofrer cortes de salários e muitas vezes ficando em casa ou na praia, quando permitido, sem fazer nada, também estão se sentindo inútil, e começam valorizar que trabalhar, produzir, faz bem para todos.

Quem tinha cargos importantes no setor público, que se achava intocável pela posição conseguida, muitas vezes de formas questionáveis, perderam o bastão e alguns estão, ou ainda poderão parar atrás das grades, isso porque o poder subiu à cabeça, e se consideravam incontroláveis nos seus atos, pois as regras foram flexibilizadas, e agora estão sofrendo reflexos da pandemia.

No caso dos agricultores e do cooperativismo poucas mudanças ocorreram, mas não estão imunes, por não serem uma ilha isolada no sistema, mas como sempre fomos os precursores do trabalho com produtividade, buscando o econômico para praticar o social e não sonhadores que sermos os donos do mundo atravessamos melhor essa crise. O agricultor tradicional, não o ganancioso; a cooperativa consciente, e não a prepotente, continuam trabalhando e mostrando os resultados de inserção social solidária, proporcionando distribuição equitativa dos resultados.

O comportamento cooperativista de apoio à comunidade, que faz parte do 6º principio do cooperativismo se exaltou ainda mais nessa pandemia. Muitas cooperativas que já praticam o social no seu dia a dia, agora intensificaram essa ação. Por todos os cantos do estado e do país se afloram iniciativas de apoio aos necessitados, não apenas aos cooperados, mas à população de modo geral.

O Dia C que será realizado juntamente com as comemorações do Dia Internacional do Cooperativismo que acontece no próximo sábado dia 4 de julho, vai mostrar de diversas formas nas redes sociais, o quão as cooperativas estão presentes e apoiando para superarmos a crise do Covid 19.

Certamente que muitas ações desenvolvidas pelas cooperativas não venham à tona em nível estadual ou nacional, até porque não são todas que têm essa intenção de divulgar para fora da sua área de ação do que fazem em prol dos seus associados e da comunidade. Mas com certeza se formos avaliar individualmente e localmente, teremos números importantes, mostrando mais uma vez que as cooperativas por natureza são solidárias, e que reunido e unindo pessoas, sempre seremos mais fortes. Pense nisso.

Ivan Ramos é Diretor Executivo da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado de Santa Catarina - Fecoagro

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