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Economia

Correios cortam adicionais no salário de trabalhador em quarentena

Verba extra de atividades em distribuição ou coleta externa (atividade postal) e em atendimento em guichê, além de bônus do trabalho em finais de semana, foram suspensos.

GZH
por  GZH
31/03/2020 08:49 – atualizado há 3 anos
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Os Correios passaram a descontar parte da remuneração de funcionários que estão em quarentena. O corte adotado na estatal vale mesmo para empregados do grupo de risco para contágio de coronavírus.

Na terça-feira passada (24), Bolsonaro passou a defender publicamente a "volta à normalidade", o fim do confinamento em massa e a reabertura do comércio e escolas. Para ele, apenas pessoas acima de 60 anos ou com doenças que agravam o quadro clínico em caso de infecção devem se isolar. Um dia depois, a cúpula dos Correios baixou uma norma suspendendo adicionais, como distribuição de encomendas, e o vale-transporte de trabalhadores que estão afastados por causa da pandemia.


A estatal é presidida pelo general Floriano Peixoto Vieira Neto, que assumiu o cargo em junho do ano passado e já ocupou a Secretaria-Geral da Presidência da República. O general da reserva foi indicado para o comando dos Correios pelo presidente Bolsonaro.

A empresa pública, que tem cerca de 100 mil funcionários, afirma que o teletrabalho está autorizado para empregados classificados em grupos de risco, de acordo com orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS), ou que moram com alguém acima de 60 anos ou com asma, pressão alta e diabetes, por exemplo. Em caso de suspeita de contaminação e de sintomas da doença, o funcionário dos Correios pode se afastar imediatamente. Quem teve contato com o caso suspeito também pode pedir afastamento.

Algumas funções da estatal, porém, não permitem trabalho remoto. Carteiros e atendentes de guichês de agências, por exemplo, perdem mais de 30% da remuneração ao entrar em quarentena. Esse corte é provocado pela suspensão dos adicionais de atividades em distribuição ou coleta externa (atividade postal) e em atendimento em guichê. O extra por trabalho aos fins de semana também foi retirado.

"Os Correios seguem rigorosamente a legislação brasileira em todas as circunstâncias", afirma a empresa. "A estatal presta serviço essencial à população e, também por isso, necessita se manter em operação, dentro da realidade que o momento atual enseja", diz.

Entidades que representam os trabalhadores dos Correios, então, têm recorrido à Justiça para evitar prejuízos a quem está afastado e não consegue se enquadrar na modalidade de teletrabalho. Também pedem que a estatal cumpra a promessa de fornecer material de prevenção ao coronavírus.

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