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Segurança

Deputada e pastora Flordelis colocou arsênico na comida do marido e comprou a arma do crime, diz polícia

Flordelis não foi presa por causa da imunidade parlamentar.

R7
por  R7
24/08/2020 18:34 – atualizado há 3 anos
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A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o MP (Ministério Público) do Estado afirmaram, durante entrevista coletiva da Operação Lucas 12, nesta segunda-feira (24), que não há dúvida de que a deputada federal Flordelis (PSD-RJ) é a autora intelectual da morte do marido, o pastor Anderson do Carmo.

O plano, segundo as investigações, começou em maio de 2018, com um envenenamento em doses por arsênico, e terminou com a execução. O pastor foi morto com mais de 30 tiros em 16 de junho de 2019, na porta de casa, em Niterói (RJ).

O crime foi motivado por questões financeiras. O pastor controlava todo o dinheiro do Ministério Flordelis, hoje rebatizado de Comunidade Evangélica Cidade do Fogo.

“Flordelis, além de arquitetar todo esse plano, financiou a compra dessa arma, convenceu pessoas a realizar esse crime, avisou sobre a chegada da vítima ao local e tentou ocultar provas. Não resta a menor dúvida de que ela foi a autora intelectual, a grande cabeça desse crime”, afirmou o delegado Allan Duarte.

A deputada, segundo uma das interceptações da investigação, teria dito que não poderia se separar de Anderson. “Quando ela fala com um dos filhos sobre os planos de matar Anderson, ela disse: ‘Fazer o quê? Se eu separar dele, vou escandalizar o nome de Deus’”, afirmou o promotor Sérgio Luiz Lopes Pereira, do Grupo de Atuação Especializada e Combate ao Crime Organizado do MP-RJ.

Conforme o MP-RJ, Flordelis também foi denunciada por associação criminosa, feita para matar o pastor Anderson. Flordelis não foi presa por causa da imunidade parlamentar – quando somente flagrantes de crimes inafiançáveis são passíveis de prisão. Agentes prenderam nove pessoas pelo envolvimento no crime.

Com a Operação Lucas 12, chega a sete o número de filhos presos no caso. Todos já são réus perante a Justiça. Nesta segunda, foram presos cinco filhos do casal (Adriano, André, Carlos, Marzy e Simone) e uma neta (Rayane).

A Justiça ainda emitiu mandados de prisão contra dois homens que já estavam na cadeia: o filho apontado como autor dos disparos (Flavio) e um ex-PM (Marcos). Um sétimo filho (Lucas), que já tinha sido preso por conseguir a arma, foi denunciado na Operação Lucas 12.

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