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Cidade

Em Florianópolis,comércio, pousadas e hotéis seguem fechados mesmo após liberação do Estado

Locadoras de veículo, que já estavam em funcionamento há uma semana, voltam a fechar.

NSCTotal
por  NSCTotal
12/04/2020 01:05 – atualizado há 3 anos
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O prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, anunciou na tarde deste sábado (11), que o comércio de rua, os hotéis e as pousadas da Capital seguem fechados por causa do coronavírus a partir da próxima segunda-feira (13), mesmo com a liberação do governo de Santa Catarina. Além disso, as locadoras de veículos que tinham aberto há cerca de uma semana, voltam a fechar as portas no município.

Prefeituo Gean Loureiro segue com decisão de manter restrições mais rígidas(Foto: Reprodução)

Gean Loureiro destacou que as regras seguem mais severas em Florianópolis, porque o município contabiliza o número mais alto de pessoas contaminadas em todo o estado. São 220 pacientes positivados para a doença e três óbitos. No entanto, estima-se que mais de 2,5 mil moradores da capital estejam infectados pelo vírus, o que os torna transmissores em potencial do Covid-19.

Quero a compreensão dos comerciantes e da população que está em casa. Não temos condições de liberar agora. O próprio governador (Carlos Moisés da Silva) disse que os municípios têm que fazer suas restrições. Somos o município que tem o maior número de infectados, o recado do governo foi para nós - esclareceu o prefeito.

Novas regras para serviços liberados

Também foram definidas novas regras para os serviços que estão abertos em Florianópolis, sob penalidade de fechamento, caso sejam descumpridas. A partir da próxima semana fica determinado a limitação de um cliente por estabelecimento a cada quatro metros quadrados. Também, só poderão entrar nos estabelecimentos, a partir de segunda-feira (13), uma pessoa para cada atendente.

- Se tiver uma pessoa atendendo, entra um único cliente. Se tiverem duas, serão dois clientes e a fiscalização será bastante rigorosa da nossa parte - afirmou o prefeito.

Também será exigido pela prefeitura a obrigatoriedade da higienização do local e a disponibilização do álcool em gel na entrada de bancos, lotéricas, estabelecimentos das cadeias automotiva e construção civil.

Os mercados terão que realizar testes de temperatura em qualquer pessoa que apresentar sintomas do coronavírus logo na entrada do estabelecimento. Ao apontar febre, o indivíduo é proibido de acessar o estabelecimento. O Alô Saúde deve ser informado imediatamente sobre o caso. E todos os setores em funcionamento terão que trabalhar com as janelas abertas, porque não será permitido o uso do ar-condicionado, já que, segundo o prefeito, os aparelhos podem disseminar o vírus.

Uso obrigatório de máscaras
O uso de máscaras será obrigatório a partir do dia 17 de abril para todas as pessoas que circulam no município. A determinação deve ser aplicada, neste primeiro momento, para quem vai acessar estabelecimentos abertos. Caberá ao funcionários e proprietários a fiscalização, conforme anunciou o prefeito Gean Loureiro:

- O estabelecimento que está aberto só vai poder receber o cliente se ele estiver de máscara. Caso não seja exigido o uso, vamos fechar o estabelecimento. 

Projeção de casos e mortes para a Capital

Ao justificar a prorrogação das restrições e o aumento das regras para os serviços que já estão em atividade, Gean Loureiro apresentou os gráficos com a projeção de pacientes contaminados e mortos, caso ocorra a flexibilização de mais setores, que embasaram a decisão.

Segundo estudos da equipe de profissionais que atuam na Secretaria de Saúde de Florianópolis, se o comércio, hotéis e pousadas forem abertos na próxima semana, em 30 dias 145 pessoas terão necessidade de vagas em leitos de UTI. Com a retomada da normalidade nos serviços, o número de pessoas em tratamento de alta complexidade passaria de 200.

"A gente busca ficar a baixo da linha verde (de 145 pessoas em UTI). Se tivermos acima da linha verde e chegar na vermelha, podem ter certeza que tudo vai fechar, porque entraremos num colapso da saúde" - pontuou Loureiro.

Da mesma forma, o prefeito apresentou a projeção de mortes caso houvesse a liberação dos serviços que seguem fechados na Capital. No dia 24 de abril, informou Loureiro, seriam seis óbitos. Até 24 de maio, o número de mortes passaria de 300.

"Entenderam a necessidade das restrições? Pra evitarmos todas essas mortes" - salientou.

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