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Em coletiva, dia 27.03.2020, o Prefeito da cidade de Erechim manifestou-se.
‘‘...Nenhuma influência da carreata, homens públicos que tem alguma envergadura assim como esses que me ladeiam, não são influenciados por sapateados ou gritos ou cornetas, nós decidimos pelo que tecnicamente tem que ser decidido. Ouvimos os médicos, estava lá o Presidente, em seguida da reunião dos médicos, chamamos as entidades de classes discutimos essa progressiva abertura mas podem fazer mil carreatas por dia que em nenhum momento vão nos demover de nenhuma decisão que tenhamos que tomar...’’.
Esqueçamos o fato de nessa cidade limitar-se a 03 (três) contaminados com COVID 19, do que se sabe todos em recuperação domiciliar sem nenhuma complicação.
Esqueçamos o fato de, no período de semanas, não surgirem novos casos.
Esqueçamos o fato de que se busca a implantação do confinamento vertical, mantendo-se, preservando-se, idosos, enfermos ou grupos de risco;
Esqueçamos o fato de que o Hospital esteja ‘‘...literalmente quase que vazio...’’, informação do Secretário aos 38’’, do mesmo vídeo;
Esqueçamos o fato de que o Hospital tem como organizar mais 25 leitos, caso necessário, informação do Secretário aos 39’’, do mesmo vídeo;
Esqueçamos o fato das notícias vinculadas ao êxito estrondoso das medicações cloriquina e hidroxicloroquina, inclusive aprovada pela FDA;
Esqueçamos o que defende o Governo Federal e o Ministério da Saúde, confinamento vertical de pessoas e grupos de risco;
Esqueçamos o que defende o Governador do RS, alinhado com o de SP.
Esqueçamos as contas a pagar, as obrigações a cumprir, a manutenção de nossas casas…
Precisamos parabenizar nosso Chefe do Executivo por ter falado o que realmente pensa e transparecido como realmente nos trata.
Referida carreata, tachada de uma vergonha com interesses escusos, realizada na sexta à tarde, por trabalhadores, pais de família, empresários, pessoas que usualmente naquele dia e horário estariam em seus afazeres, gerando empregos e renda, contribuintes honestos, mantenedores desta sociedade, tratou-se de um grito desesperado exigindo mudança e o retorno da normalidade.
Manter o confinamento horizontal é um absurdo, a verticalização demonstra-se muito mais proveitosa.
Ademais ficam as questões:
- Daqui há 20 ou 30 dias, quando surgirem mais 2, 3 ou 10 casos de COVID, pararemos novamente a cidade?
- Daqui há 1 ou 2 meses, quando surgirem novos caso de Covid pararemos a cidade?
- Daqui há 1 ou 2 anos, quando surgirem novos caso de Covid pararemos a cidade?
Referido vírus não deixará de existir, veio para integrar o mundo, assim como SARS, H1N1 HIV, Hepatite, Dengue…. Essa última, quando aqui eclodir será um problema real.
Mas, esse texto não busca defender uma ou outra tese.
Redijo este para agradecer o orador pela sinceridade ao esclarecer que, não deu e não dará ouvidos nem há 1000 carreatas, lembrando que aquela de Sexta Feira, 27.03.2020, objeto do deboche em plenário, contou com em torno de 1000 pessoas, todos homens e mulheres livres, conscientes, lá estiveram por sua vontade, arcaram com seus custos para se manifestar, são cidadãos merecedores de respeito, consideração e no mínimo deviam ter sido ouvidos.
Meus sinceros parabéns pela franqueza, mas quem o elegeu não é vosso escravo, subordinado ou servente, o oposto disso. Vossa Excelência é nosso operário e deveria ouvir-nos e ponderar as consequências dos atos da administração, ou no mínimo ouvir os lesados pelas decisões tomadas pelo gabinete de onde em 241 dias será destituído.
SIC.
‘‘...podem fazer mil carreatas por dia que em nenhum momento vão nos demover de nenhuma decisão que tenhamos que tomar...
Não vivemos período de férias, e sim de falências.
Qual a diferença entre a Feira do Produtor e os Mercados normais no que concerne ao fluxo de pessoas?
AnaximandroZambonatto Pezzin, empresário e Advogado em Erechim RS, posGraduacoes em Gestão Cooperativa e Direito da Empresa e doConsumidor.
E-mailanaxpezzin@gmail.com
