A falta de chuva em Santa Catarina tem preocupado o setor produtivo do estado, segundo a Secretaria de Agricultura e Pesca. O território estadual passa por uma grave estiagem, que começou em junho de 2019 e é considerada a mais severa dos últimos anos. De acordo com a Secretaria, a situação deve afetar em uma redução de 10% a produção de milho.
As principais regiões afetadas são o Extremo Oeste, Oeste, Meio Oeste, Planalto Sul, Planalto Norte e Alto Vale do Itajaí. Situações semelhantes aconteceram apenas em 1978 e 2006.
Na quarta-feira (22), a Secretaria de Estado da Agricultura e a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) reuniram, via videoconferência, lideranças do setor produtivo e técnico para apresentar a situação atual do agronegócio catarinense e a previsão meteorológica para os próximos dias. Para apoiar os produtores, Secretaria da Agricultura tem a intenção de injetar R$ 60 milhões na economia catarinense.
Segundo levantamentos do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), os impactos da estiagem foram agravados em Santa Catarina nas últimas semanas. Os principais prejuízos são percebidos nas lavouras de milho grão, silagem, feijão e soja.
Conforme informações da Secretaria da Agricultura, Santa Catarina espera uma redução de 10% na produção de milho devido à estiagem, principalmente no Meio Oeste, Extremo Oeste e Extremo Sul. As expectativas são de colheita de 2,59 milhões de toneladas. O estado é o maior importador de milho do país e usa o grão para abastecer a cadeia produtiva de suínos, aves e bovinos.
O feijão foi uma das culturas mais afetadas pela falta de chuva. Em alguns municípios do Meio Oeste, as perdas chegam a 60%. No total, o estado deve ter uma quebra de 7% na produção em relação à safra passada. Os produtores de tomate, cebola e batata também sentiram os impactos da estiagem.