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Uma família de Concórdia está ingressando com ação na justiça para discutir um caso de injúria racial envolvendo uma professora da rede estadual de ensino que teria ofendido um aluno. O caso aconteceu em outubro do ano passado e nesta semana a Justiça decidiu por cancelar uma audiência de Termo Circunstanciado, pois o juizado especial entende que este é um crime de maior potencial, por isso os autos serão remetidos à Vara Criminal.
O Ministério Público deverá analisar a documentação nas próximas horas para oferecer denúncia. De acordo com relato da mãe da vítima, no dia dos fatos os alunos estavam aguardando a chegada de um professor quando a orientadora da escola chegou para recolher bilhetes que deveria conter a assinatura dos pais para uma atividade externa da escola. Como alguns alunos haviam esquecido, o adolescente de 16 anos, vítima da situação, indagou a orientadora para saber se os alunos poderiam ir da mesma forma na atividade.
Neste momento, a orientadora passou a dizer que “preto e pobre como o adolescente só tem dois caminhos: fumar maconha ou prisão” e “que não fazia diferença ele ir ou não na atividade”. Outros alunos também se sentiram ofendidos com as declarações da professora. E ela ainda ressaltou que “racismo não existe, que preconceito só existe pra quem tem pensamento pequeno”, entre outros. O caso foi registrado na Central de Polícia e agora seguirá para o Ministério Público. A defesa da família está sendo feita pela advogada Camila Raquel Hilgert.
