O governo do Rio Grande do Sul permitiu que as prefeituras reabram o comércio das cidades do interior, exceto na Região Metropolitana de Porto Alegre e na serra gaúcha. O anúncio aconteceu em transmissão pela internet na tarde desta quarta-feira (15), após apresentação dos primeiros dados obtidos pela pesquisa de infecção pelo coronavírus no estado, liderada pela UFPel.
O decreto que proíbe a abertura dos estabelecimentos não essenciais, para tentar conter o avanço da Covid-19, foi prorrogado até o dia 30 de abril para as cidades da Região Metropolitana de Porto Alegre e da serra gaúcha.
A decisão de manter a restrição foi baseada na incidência doença que é maior nestas cidades. "Porto Alegre tem 13% da população mas 45% dos casos, do total de 86 municípios com casos registrados até ontem à noite", disse o governador.
Os demais municípios podem editar decretos, em que justifiquem a necessidade de abrir o comércio e estabeleçam normas de higiene, distanciamento e segurança sanitária, como redução de pessoal e disponibilização de álcool em gel e máscaras.
Com a medida, o estado passa para uma fase de "distanciamento controlado", conforme o governador. Isso se deve, entre outros fatores, aos dados Ministério da Saúde obtidos até o momento, em que o Rio Grande do Sul tem uma taxa de letalidade de 2,6%. "O Paraná, por exemplo, tem 4,6%", citou Leite durante a transmissão.
Medidas de reforço na estrutura hospitalar no estado, como a ampliação e registro de leitos de UTI disponíveis para o tratamento dos pacientes graves da doença também colaboraram com a flexibilização, explicou o governador.
"O isolamento social deu certo, indica, na nossa avaliação, a adesão também da população aos hábitos de higiene que são frisados e são relevantes, de etiqueta respiratória, as práticas de constantemente higienizar as mãos, afastamento e redução de contato físico que ajuda a disseminar menos o vírus e consequentemente, menos dispôr a população ao contágio", resumiu o governador.