O suspeito de ter matado Josiéli Lopes, de 36 anos, e o bebê dela de três meses, está preso temporariamente. O homem é o ex-companheiro da vítima e pai da criança. Ele a envenenou com um pedaço de carne, e o filho, após ser amamentado. As vítimas moravam no bairro Morretes, em Itapema, e estavam desaparecidas desde terça-feira (15). Ambos os corpos foram encontrados em Rio dos Cedros.
Segundo o delegado Diogo Medeiros, da Polícia Civil de Itapema, o crime foi premeditado. O homem preparou uma refeição, colocou veneno em um pedaço de carne, e serviu para Josiéli. Ela comeu, e após isso, amamentou o filho de apenas três meses de vida.
Logo em seguida, ambos começaram a passar mal e vieram a óbito. O suspeito confessou o crime, mas frisou que não queria matar o filho. Os corpos foram colocados por ele no carro da família e levados até a cidade de Rio do Cedros.
O homem enterrou os cadáveres da mulher e do bebê em uma mata, localizada na zona rural de difícil acesso, no bairro Cedro II.
Segundo relato do investigado, ele matou a vítima após descobrir que ela estava em um novo relacionamento.
A família da vítima informou que o casal já estava separado, mas ainda moravam juntos. No dia do homicídio, era a data limite dada por Josiéli para que o ex-companheiro saísse de casa.
Para despistar a família de Josiéli, o homem passou a enviar mensagens suspeitas aos parentes que moram em Palhoça e no estado do Paraná.
No último dia, ele enviou mensagem à irmã da vítima, Clarice Aparecida Alonso de Freitas, e informou que havia vendido o carro. A irmã achou a mensagem e acreditou ter sido enviada por outra pessoa.
Desde então, o número de Josiéli bloqueou os familiares no WhatsApp e nas redes sociais. A família não conseguiu mais contato com ela. O telefone celular também estava sempre desligado.
Até o filho mais velho da vítima, de 17 anos, de um outro relacionamento, foi bloqueado, após ela supostamente informar que se mudararia para o Rio Grande do Sul.
O jovem registrou um boletim de ocorrência sobre o desaparecimento da mãe. Contou à polícia que achou a forma de escrever estranha, e que não parecia a mãe conversando com ele pelo WhatsApp.
Desde o início das investigações, o ex-companheiro foi o principal suspeito pelo desaparecimento das vítimas. Segundo o delegado Medeiros, o depoimento dele era confuso, e deixava brechas sobre os fatos apontados.
O suspeito confessou o crime na terça-feira (22), e informou o local que enterrou as vítimas.