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Agro

Inclusão de povos tradicionais em arranjos produtivos é tema de debate

Webinar fooi transmitido pelo Youtubue do Programa Rio Grande Rural e pelo Facebook da Instituição.

Ascom Emater/RS-Ascar/ Jornalista Carine Massierer
por  Ascom Emater/RS-Ascar/ Jornalista Carine Massierer
02/10/2020 22:41 – atualizado há 3 anos
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A Emater/RS-Ascar presta Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters) a famílias remanescentes de quilombos, pescadores profissionais artesanais e índios Charrua, Guarani e Kaingang em todo o Estado. E para falar destas ações, dos desafios e das potencialidades para a inclusão deles em arranjos produtivos que gerem renda, foi promovido, na tarde desta sexta-feira (01/10), um webinar transmitido pelo Youtubue do Programa Rio Grande Rural e pelo Facebook da Instituição.

A transmissão integra a programação da Emater/RS-Ascar e da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) na Expointer Digital 2020 e foi apresentada pela jornalista Carine Massierer e mediada pelo diretor do Departamento de Desenvolvimento Agrário, Pesqueiro, Aquícola, Indígenas e Quilombolas da Seapdr, Maurício Neuhaus.

Em sua participação no evento virtual, o diretor técnico da Emater/RS, Alencar Rugeri, destacou a integração entre Emater/RS-Ascar e Secretaria, que unidas conseguem avançar na promoção de ações em prol destes povos, mas sempre com cuidado e respeito às tradições e cultura dos indígenas, quilombolas e pescadores.

O debate contou com a participação das responsáveis pela Aters em Pesca Artesanal, Ana Spinelli; em Povos Indígenas, Mariana de Andrade Soares; e em Famílias e Comunidades Remanescentes de Quilombos, Regina da Silva Miranda, e do extensionista da Emater/RS-Ascar em Pelotas, Robson Becker Loeck.

Ana contou como vivem os pescadores, seu formato de trabalho e os mercados existentes, além de ressaltar algumas oportunidades para eles, como é o caso dos planos de manejo sustentável com participação social (o que vem acontecendo na bacia do Rio Tramandaí), o turismo, selos de sustentabilidade socioambiental, organização da primeira venda para obtenção de preços mais justos e promoção de cadeias curtas.

Mariana apresentou o número de indígenas Charrua, Guarani e Kaingang existentes no Estado, onde se concentram, seus modos e expectativas de vida e como eles têm conseguido, apesar das limitações, fazer parte de cooperativas, como por exemplo a Coperfamiliar e Cotriserra, e ainda acessar diferentes mercados. “Temos que manter um diálogo respeitoso, uma escuta atenta e construir uma Aters que respeite suas especificidades e singularidades, além de uma política pública que contemple estas diferenças”, avaliou.

Regina explicou que o assessoramento às famílias e/ou organizações remanescentes de quilombos, parte da observação ativa, respeito, reconhecimento e valorização do seu modo de vida, visa a sua inclusão como sujeitos de direitos, buscando apoiar e articular estratégias, por meio de execução e mediação de políticas públicas de inclusão social e produtiva que tenham por finalidade a geração de trabalho e renda no meio rural, de atividades agrícolas e não agrícolas, colaborando para a ampliação de oportunidades e o desenvolvimento de capacidades que colaborem para autonomia e emancipação das famílias quilombolas.

Loecke trouxe a experiência de Aters com os remanescentes de quilombolas que é executada em Pelotas. Segundo ele, existe no município, há cinco anos, um Comitê Gestor Quilombola, que tem o apoio político da gestão municipal e o engajamento de várias secretarias. “Várias conquistas podem ser apontadas ao longo dos anos como a visibilidade e direito à voz das comunidades quilombolas, participação em espaços públicos, qualificação dos atendimentos no Cadúnico, acesso ao talão do produtor rural, melhoria da autoestima, venda dos produtos no comércio local e várias famílias estão entregando seus produtos para a prefeitura, que os destina a famílias em vulnerabilidade social por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA),”.

Neuhaus ressaltou a necessidade de construção de políticas públicas que incluam as especificidades e singularidades destes públicos, a necessidade de articulação para garantir a subsistência das famílias e outros arranjos contribuam também para a geração de renda, como o turismo e cooperatibvismo, além da regularização das áreas. “Nós temos que evoluir, construir projetos e propor medidas que possam mitigar problemas maiores”, concluiu.

Veja o webinar completo em https://bit.ly/3l7cgfX

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