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Rio Grande do Sul

Instituição de Porto Alegre é a primeira autorizada pela Anvisa a realizar um novo exame de câncer de próstata

Coordenadora Louise Hartmann define a liberação como um marco na medicina nuclear no País.

O Sul
por  O Sul
26/08/2020 22:01 – atualizado há 3 anos
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O Incer (Instituto do Cérebro) da PUCRS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul) se tornou nesta semana a primeira instituição credenciada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a oferecer e comercializar o exame “PET-CT 18F-PSMA-1007”, que detecta câncer de próstata. Trata-se de um radiofármaco até então restrito a protocolos de pesquisa científica.

Com isso, todas as pessoas com suspeita de possuírem esse tipo de doença poderão fazer o teste. E os casos confirmados terão a possibilidade de observar a extensão da mesma.

(Foto: Divulgação/PUCRS)
“Uma nova, moderna e segura modalidade de imagem do instituto permite a avaliação adequada do câncer de próstata desde antes da cirurgia”, ressaltou o site www.pucrs.br. “Em casos em que o PSA (Antígeno Prostático Específico) passa a subir (uma proteína produzida pelo tecido prostático), também é possível fazer a avaliação precoce de recidiva (quando o tumor retorna mesmo após um procedimento) e antecipar a avaliação de tratamentos mais adequados a cada caso.”

A coordenadora do Centro de Produção de Radiofármacos do Instituto, Louise Hartmann, enaltece a conquista: “É muito gratificante vermos que o resultado do trabalho desenvolvido pela nossa equipe durante meses vai poder auxiliar no manejo de tantas pessoas que sofrem com câncer de próstata, contribuindo assim para a melhora da sua qualidade de vida. Com certeza, trata-se de um grande avanço para a Medicina Nuclear do Brasil”.

“Esse exame é indicado principalmente para quem tem recidiva, continua com aumento do PSA e não consegue detectar onde está a doença. Por meio desse exame, conseguimos ter uma visualização melhor da localização do câncer de próstata e se teve metástase ou não”, explica a coordenadora da Medicina Nuclear do InsCer, Cristina Matushita.

As técnicas de imagem disponíveis até então apresentam limitações para o diagnóstico e estadiamento da doença. “O ‘PET-CT 18F-PSMA-1007’ vem para suprir esta lacuna, trazendo maior precisão nos diagnósticos”, salienta a Universidade. “Assim, a definição do tratamento ideal pode ser adaptada, e consequentemente melhora a resposta do paciente.”

Incidência

No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. Além disso, entre 20 a 40% dos pacientes submetidos à prostatectomia radical (principal cirurgia que retira toda a próstata e alguns tecidos do entorno) voltam a desenvolvê-la (recidiva bioquímica) dentro de dez anos após o tratamento.

Portanto, por se tratar de uma doença que traz tantos impactos para a sociedade, é de suma importância que se desenvolvam tecnologias para seu melhor diagnóstico e tratamento.

Quando o câncer de próstata é detectado precocemente, e quando a doença é localizada exclusivamente na glândula prostática, a taxa de sobrevida em cinco anos é de quase 100%.

Entretanto, uma vez que o câncer se espalha para além da próstata, as taxas de sobrevida diminuem drasticamente. Por isso, o objetivo do estadiamento (a mensuração do câncer) é definir a extensão do tumor e a distinção de pacientes que apresentam a doença confinada ao órgão, ou já espalhada.

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