Com 152 casos confirmados de coronavírus, a Itália se tornou o terceiro país no mundo com mais infectados pela doença. O país europeu fica atrás somente da China, com quase 77 mil casos, e da Coreia do Sul, com 602.
O coronavírus está circulando pelo norte da Itália, onde mais de 100 casos estão confirmados — até as 15h deste domingo (23) — e quatro mortes foram registradas. Outras centenas de pessoas estão em quarentena obrigatória, à espera de resultados de exames, e milhares estão em confinamento domiciliar determinado pelas autoridades sanitárias.
As vítimas são um homem de 78 anos, no Vêneto, uma mulher de 77 anos, na Lombardia, e uma outra mulher ainda não identificada, em Creta. As mortes ocorreram, respectivamente, na sexta-feira (21), sábado (22) e domingo (23). São os primeiros óbitos na Europa de pessoas contaminadas internamente. Antes, na França, um turista chinês havia morrido.
A confirmação de que o vírus circula pelo norte da Itália ocorreu na noite de quinta-feira (20), a partir de um caso em Codogno — a 60 km de Milão. Um homem de 38 anos apresentava, nos dias anteriores, um quadro agravante de gripe, mas, como não tinha viajado, não havia sido testado para coronavírus.
ua mulher, no entanto, se lembrou de que o marido havia encontrado, no início deste mês, um amigo italiano recém-chegado de Xangai, na China. Feito o teste, o resultado foi positivo: o homem de 38 anos é considerado o paciente número um.
A partir dele, foram contaminadas dezenas de pessoas, incluindo a própria mulher, grávida de oito meses, um amigo, médicos, enfermeiros e outros pacientes do hospital de Codogno. Sua situação é considerada grave, mas estável. A mulher grávida está internada, mas em boas condições. Já o italiano que chegou da China, chamado de "paciente zero", não testou positivo para o vírus, mas continua sendo submetido a exames.