O presidente Jair Bolsonaro afirmou ao ministro da Justiça, Sergio Moro, que irá trocar o diretor-geral da Polícia Federal. O ministro reagiu mal ao comunicado e avalia deixar o governo.
O cargo hoje é ocupado por Maurício Valeixo, homem de confiança de Moro, mas Bolsonaro já vinha ameaçando uma troca no comando da PF por querer ter controle sobre a atuação do órgão.
Três nomes são cotados para o posto. O secretário de Segurança Pública, do Distrito Federal, Anderson Torres; o diretor da Agência Brasileira de Inteligência, Alexandre Ramagen; e o diretor do Departamento Penitenciário (Depen), Fabiano Bordignon.
Com esse novo embate, Moro vê cada vez mais distante a promessa de uma vaga no Supremo Tribunal Federal. Esse caminho já estava enfraquecido especialmente depois da divulgação de mensagens privadas que trocou com procuradores da Lava Jato.
Sob o comando de Moro, a Polícia Federal viveu clima de instabilidade no ano passado, quando Bolsonaro anunciou uma troca no comando da superintendência do órgão no Rio e ameaçou trocar o diretor-geral.
No meio da polêmica, o presidente chegou a citar um delegado que assumiria a chefia do Rio, mas foi rebatido pela Polícia Federal, que divulgou outro nome, o de Carlos Henrique de Oliveira, da confiança da atual gestão. Após meses de turbulência, o delegado assumiu o argo de superintendente, em dezembro.