Quando a informação era ‘‘monopolizada’’, passavam despercebidos ao público em geral os bastidores políticos. Líamos, assistíamos e ouvíamos informações parciais, manipuladas ou omissas, a serviço de grandes interesses. Aberrações como o loteamento da máquina pública, chegavam aos eleitores como conquistas, induzindo a massa a crer que fosse de interesse nacional e útil à população.
Em dado momento, o dispendioso e ineficiente inchaço atingiu marca de 40 ministérios, secretarias, estatais, empresa públicas, acomodando vagas, incontáveis CC’s, atendendo interesses escusos, motivo de parte das péssimas experiências e resultados da anterior gestão, que a exemplo das anteriores cedia a pressão imposta pelo legislativo.
Muito longe da utilidade pública, o Executivo estava em parte, a serviço do troca-troca com o Legislativo, cedendo a coisa pública para o interesse privado.
Seguia a velha política, aceita e tolerada, maquiada pela grande imprensa, esta contemplada com generosas verbas publicitárias, financiando sua miopia.
Veio a informação. Disseminada nova tecnologia, o monólogo das gigantes de súbito, sucumbiu.
Num instante pessoas comuns puderam se manifestar como nunca antes e a realidade aflorou, levando a conhecimento dos comuns, como de fato as coisas funcionavam.
Chegou ao poder um novo grupo que busca reais mudanças, esbarrou na corriqueira e viciada velha política.
Em seu mundo paralelo, os antigos insistem em agir como antes.
Seguem a exigir da executiva como se estivessem tratando com os antecessores.
O atrito foi inevitável.
A ausente justificativa para as exigências, chorosos pela negativa, passaram acusar a executiva de suposta agressão ao legislativo.
Colocando as coisas as claras, o ministro farto daquela conduta, pode até ter sido infeliz nas palavras, mas foi brilhante no raciocínio, esclarecendo que não cederão a chantagens.
Frustrada a tentativa de manter as coisas como eram, a mídia, alguns deputados e senadores acusam o ministro de ataque as instituições.
Infelizes e falsas as acusações. O General Heleno quer exatamente o oposto, respeita a Constituição, zela e prima pela autonomia das instituições, porém, assim como a maioria da população, exige que os eleitos estejam a serviço do interesse público.
Despreza, assim como todo cidadão de bem, o uso do mandato para interesse particular, rejeitando o enriquecimento sem causa.
Com a polêmica, fundamentada em denúncias maldosas daqueles que estão perdendo os favores de antes, o General Heleno recebe apoio popular. De fato, não se pode mais tolerar a velha política.
É inaceitável o loteamento, troca-troca, entrega de cargos, secretarias e ministérios.
Já é passada a hora de dar um basta a esta modalidade de ‘‘negociação’’, verdadeiro mercado de votos do Congresso.
Não foi para isso que os deputados e senadores foram eleitos.
Respeite-se a Constituição, respeite-se os poderes, respeite-se o interesse coletivo.
Vede-se o uso do mandato para interesse privado, cessem os privilégios, acabemos com os super salários, fim aos benefícios e regalias, afinal, os eleitos são homens e não deuses.
AnaximandroZambonatto Pezzin, empresário e Advogado em Erechim RS, pós-graduado em Gestão Cooperativa e Direito da Empresa e do Consumidor.
E-mail: anaxpezzin@gmail.com