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Assessoria/Expodireto
Agro

Painel debate projeto de lei sobre etanol no RS

O coordenador do Pró-Etanol/RS, Valdir Zonin, lembrou que as discussões sobre o programa iniciaram em 2001 quando ninguém acreditava no etanol.

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por  Assessoria/Expodireto
06/03/2020 17:35 – atualizado há 3 anos
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O RS deverá ganhar, ainda este ano, um programa estadual de estímulo à produção de etanol à base de grãos, tubérculos e cana-de-açúcar. A situação atual e as perspectivas do Pró-Etanol/RS foram tema de um painel realizado na manhã desta sexta-feira, 6, no auditório da Produção, no Parque da Expodireto Cotrijal. A minuta já foi entregue ao Executivo e o coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Produção e Autossuficiência de Etanol da Assembleia Legislativa/RS, deputado Elton Weber, garantiu que no momento em que o projeto chegar à AL/RS, será aprovado em, no máximo, 50 dias.

“O estabelecimento de uma política pública relacionada ao etanol é desejo antigo de prefeitos, empresários, pesquisadores e agricultores que colaboraram com o texto. Acredito que o programa será um impulso para o Rio Grande do Sul como um todo, uma vez que dará segurança para quem vai investir e para quem vai quem produzir”, destacou Weber.

O parlamentar explicou que o objetivo da primeira fase do projeto é fazer com que o Estado possa se tornar autossuficiente, uma vez que atualmente, a produção gaúcha de etanol se limita a 0,1% do consumo estadual de 1,5 bilhão de litros ao ano. Com isso, cerca de R$ 1 bilhão em impostos vão para outros estados. “Quanto mais rápido a gente conseguir implementar uma proposta e um projeto, vamos ter retorno para todos. E deixar de mandar dinheiro para os estados do Paraná, São Paulo e Mato Grosso. Estes recursos poderiam estar aqui”.

O coordenador do Pró-Etanol/RS, Valdir Zonin, lembrou que as discussões sobre o programa iniciaram em 2001 quando ninguém acreditava no etanol. “Desde lá, estamos construindo um trabalho bem alicerçado. Estamos agora aguardando a tramitação e aprovação da lei. A partir daí, vamos ter uma redução de 30% de ICMS para as empresas produtoras de etanol, viabilizando a produção e fomentando a competitividade em relação ao etanol que vem de outros Estados”, apontou Zonin.

Segundo ele, em um primeiro momento, para atender ao consumo gaúcho será necessário produzir 1,5 bilhão litros/ano e, para isso, entre 15 a 20 biorrefinarias grandes precisariam estar em funcionamento. Na região, a cidade de Carazinho já está com um projeto pronto para a instalação de uma usina de etanol.

Jorge Lemanski, chefe da Embrapa Trigo, comemora o fato de que, com a criação do programa, terras ociosas no inverno serão aproveitadas. Ele reforçou que a otimização com culturas de inverno é um imperativo técnico, ambiental e econômico para o Estado, que cultiva 5,8 milhões de hectares com soja e 700 mil hectares de milho no verão e atinge 700 mil hectares de trigo e 500 mil de aveia no inverno.

“Temos uma fronteira agrícola necessária de ser utilizada. Sob o ponto de vista ambiental é fantástico ampliarmos a nossa área de cultivo do Estado. Mais cultivares e mais intensificação do uso da terra reduzem o risco de quebra de safra. Melhorando a estrutura de solo, geramos mais trabalho e renda nas propriedades gaúchas”, concluiu.

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