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Santa Catarina já tem 93 cidades que decretaram situação de emergência por conta da estiagem. A falta de chuva tem afetado o Estado e provocado reflexos no abastecimento de água e também na agricultura.
O chefe da Defesa Civil de SC, João Batista Cordeiro Júnior, afirma que estiagem é a mais severa dos últimos 14 anos.
Por conta do problema, a Defesa Civil montou uma força-tarefa para auxiliar os municípios. O órgão também solicitou ajuda ao governo federal para o envio de recursos voltados a aluguel de caminhões-pipa e itens de assistência.
A Defesa Civil também deflagrou no último dia 12 de maio a Operação Estiagem, com ações para enfrentar a falta de chuva. A iniciativa reúne órgãos como Casan, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar e secretarias ligadas à agricultura e ao meio ambiente. A ação é liderada pelo Grupo de Ações Coordenadas (Grac) e pelo Comitê de Recursos Hídricos.
Segundo o último boletim hidrometeorológico, divulgado pelo governo do Estado em 15 de abril, o Estado tinha 46 municípios em estado de normalidade, 136 em condição de atenção, 56 em estágio de alerta e 30 em estado crítico por causa da estiagem.
O mesmo documento mostra que ainda na primeira metade do mês, a maior parte do Estado ficou mais de 10 dias sob tempo seco, o que mostraria um aspecto irregular da pouca chuva que caiu no Estado.
Segundo a tendência indicada pela Epagri/Ciram para os próximos 10 dias, somente a partir de 5 de junho é que o Estado deve registrar alguma chuva em volumes maiores devido à chegada de um sistema de baixa pressão ao Estado.
Segundo a Defesa Civil de SC, em todas as regiões do Estado há municípios afetados pela falta de chuva. Na Grande Florianópolis, por exemplo, esta semana seis bairros localizados na região continental de Florianópolis e outros dois em São José tiveram o abastecimento de água comprometido. O motivo, segundo a Casan, é justamente a queda de 70% no nível de água do Rio Pilões, principal manancial que abastece a região da Capital.
No Vale do Itajaí, municípios também são afetados. Cidades como Indaial suspenderam o serviço de irrigação de ruas por conta da falta de chuvas. Em Gaspar, o abastecimento do bairro Bateias é suspenso durante a noite para permitir o fornecimento normalmente ao longo do dia.
Em Lages, na Serra catarinense, está em vigor um decreto que proíbe o desperdício de água, com multa entre R$ 177 e R$ 1.770 pra quem descumprir. O município decretou situação de emergência por causa da seca e a usina Salto Rio Caveiras, que abastece a cidade, está em nível crítico.
Na agricultura, a estiagem também provoca preocupação e prejuízos. Segundo a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), a falta de chuvas tem prejudicado a produção e a colheita de mandioca. O produto também sofre com redução da demanda por causa da pandemia do novo coronavírus.
