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Saúde

SC registra em Pomerode o primeiro caso do ano de febre amarela em macaco

Animal está vivo e em recuperação no Projeto Bugio, em Indaial, mas teve resultado positivo no teste para a doença, o que alerta a população para a vacinação

NSCTotal
por  NSCTotal
30/01/2020 21:59 – atualizado há 3 anos
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Santa Catarina teve a confirmação do primeiro caso de macaco infectado pelo vírus da febre amarela em 2020. O caso ocorreu com um filhote de bugio encontrado na rua pela Polícia Militar Ambiental no dia 13 de janeiro, no bairro Testo Salto, em Pomerode, no Vale do Itajaí.

O animal foi recolhido e levado para o Projeto Bugio, em Indaial, um centro de pesquisas sobre os primatas. Foi coletada uma amostra de sangue, que foi submetida a exame. O resultado, divulgado nesta quinta-feira, deu positivo para febre amarela.

A informação acende um alerta porque os macacos são considerados uma espécie de termômetro sobre a existência do vírus da febre amarela em circulação – eles costumam ser as primeiras vítimas quando o vírus está presente em alguma região. No entanto, os macacos não transmitem o vírus para outros macacos ou para humanos – a doença é transmitida por mosquitos que estejam infectados com o vírus.

Por conta disso, a Secretaria de Estado da Saúde reforça o alerta para que as pessoas procurem a vacinação contra a febre amarela nos postos de saúde. Em Pomerode, em um raio de 300 metros de onde o animal foi encontrado, a Vigilância Epidemiológica vai procurar as pessoas para reforçar o aviso sobre a importância da imunização contra a doença.

Filhote de bugio da esquerda teve febre amarela confirmada, mas está vivo e acolhido no Projeto Bugio. Filhote da direita não resistiu - caso está em investigação(Foto: Projeto Bugio, divulgação)

No ano passado, oito mortes de macacos por febre amarela foram confirmadas por exames. A última delas ocorreu no dia 31 de dezembro, mas foi confirmada por testes somente nesta quinta-feira (30).

Além dos casos confirmados, um total de 176 mortes de macacos foram notificadas como possivelmente motivadas por febre amarela. Esse número é cerca de oito vezes maior do que as notificações registradas no início do ano passado, o que indica atenção à população sobre a possibilidade de uma maior circulação do vírus no Estado.

Desse total de notificações, além das duas confirmações, um caso foi descartado, 117 foram apontados como causa indeterminada e 56 seguem em investigação.

Na semana passada, a Dive-SC confirmou o primeiro caso de febre amarela em humano em Santa Catarina. O paciente, de 47 anos, é morador de São Bento do Sul, no Norte do Estado, e ficou internado em um hospital de Florianópolis. Foi o primeiro caso do ano e o terceiro em Santa Catarina.

Vacinação é a única forma de se proteger

A única forma de se proteger da febre amarela é por meio da vacinação. A febre amarela não é transmitida pelos macacos, nem de pessoa para pessoa. A transmissão acontece pelos mosquitos Haemagogus e o Sabethes, que picam os primatas. Nas áreas urbanas, a transmissão acontece pela picada do mosquito Aedes aegypti, segundo a Dive.

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