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Santa Catarina

Uma luz no fim do túnel

Por Ivan Ramos, diretor executivo da Fecoagro - SC

Ivan Ramos/Fecoagro
por  Ivan Ramos/Fecoagro
02/11/2020 16:10 – atualizado há 3 anos
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A expressão “uma luz do fim do túnel” tem sido usada para expressar a proximidade de resolução de um problema que vem se enfrentando e que mostrava muita indefinição ou falta de horizonte. Essa frase pode ser interpretada de diversas formas, dependendo problema, e do peso que cada um dá sobre o assunto.

No nosso caso, a preocupação da falta de luz no fim do túnel pairava até a semana passada, quando politicamente nosso estado vinha enfrentando dificuldades, de expectativa de futuro, em razão dos processos de impeachment que tramitava na esfera política e judicial. Havia dois motivos de preocupação. Um de que os processos poderiam demorar na sua conclusão, provocando atrasos de muitos projetos e providências que o governo precisa tomar e decidir na reta final do ano. O outro seria a possível alteração do sistema de governar, que implicaria em mudanças de pessoas e, consequentemente, de ações governamentais e que também levaria a postergação de decisões afetando projetos que não poderiam ser atrasados indefinidamente.

A luz no fim do túnel veio, com a decisão do tribunal especial formado por deputados e desembargadores da Justiça, que mudou a rota do que estava sendo desenhada. Está havendo uma mudança sim, mas talvez não de tanta expressão, como se mudasse o sistema de administrar.

A então vice-governadora Daniela Reinehr, teve divergência com então governador Carlos Moisés, mas pelo menos no principal que ambos pregavam, parece ter afinidade, pois se elegeram com a proposta de fazer um governo eficiente e técnico com menor ingerência política. Talvez a forma de se relacionar com a sociedade e com deputados era diferente, mas a proposta de governo não. Com a exclusão da então vice-governadora do processo, não deve mudar a forma de governar, mas as propostas devem permanecer. Ainda pairam dúvidas sobre a permanência ou não, pois os processos contra Carlos Moisés continuam, e ainda existe a possibilidade dele retornar ao poder. Mas mesmo que isso aconteça, em princípio o sistema dos dois se assemelha.

E por que a preocupação de eventuais mudanças políticas na gestão? Porque nós do setor agropecuário e cooperativista temos diversas parcerias governamentais e que se paralisarem, teria repercussão expressiva no meio rural. Não porque o outro sistema fosse contrário, mas sim pelo momento da mudança, bem no auge de se programar as ações e recursos para o próximo ano. Por essa razão, afirmamos que uma luz no fim do túnel já mostra possibilidades de continuidade das ações no nosso setor e, certamente, também em outras áreas do governo.

Voltamos a dizer, não nos cabe avaliar o mérito dos processos, mas sim manifestar a preocupação de que uma troca de política governamental, quer queiramos, quer não, exige adaptações e isso leva um tempo para amadurecer e nem sempre são compatíveis com as necessidades operacionais das entidades e das necessidades da população catarinense.

Embora ainda não haja nenhum pronunciamento oficial da governadora sobre a Secretaria da Agricultura, estamos a entender que não deve haver mudanças que provoquem solução de continuidade no setor agropecuário do governo. Como estamos em um país democrático, temos que aceitar o que vem por aí, mas não significa que não possamos manifestar nossas preocupações e sugestão se for o caso. O agro não parou, e esperamos que o governo de SC também não pare, para o bem de todos. Pense nisso.

Ivan Ramos é Diretor Executivo da Fecoagro - Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado de Santa Catarina

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