O retorno gradativo do futebol na Europa também terá como consequência a maior movimentação dos clubes no mercado. E o Grêmio aguarda propostas por seus jogadores nas próximas semanas. O Tricolor necessita negociar um atleta para amenizar os prejuízos causados pela pandemia do novo coronavírus e também alcançar o valor projetado com a venda de jogadores nesta temporada, que é de R$ 88 milhões. Everton é o principal candidato a sair na próxima janela de transferências e na Itália voltou-se a falar do real interesse do Napoli.
A equipe italiana tem no atacante gremista o substituto ideal para o espanhol José Callejón, que tem contrato encerrando em junho e não vai renovar. “É rápido, com aquelas acelerações que geralmente deixam o adversário para trás”, diz o texto da Gazzetta dello Sport, publicação italiana que noticiou o interesse em Everton. O Napoli estaria disposto a desembolsar 25 milhões de euros para levar o Cebolinha no meio do ano.
Grêmio não negocia por menos que isso. A direção admite o desejo de vender o jogador, nega que haja proposta na mesa do presidente Romildo Bolzan, e afirma que não vai fazer negociações que não sejam boas para o clube. “A gente não precisa se achincalhar”, já disse o vice de futebol, Paulo Luz, em outra oportunidade. “O Grêmio precisa se desfazer de alguém pelo equilíbrio financeiro, mas não vamos nos desfazer de qualquer forma, com valores comprometedores”, avisa o dirigente.
A pandemia de coronavírus vai determinar um novo patamar nas negociações, com valores abaixo daquilo que poderia ocorrer em um período de normalidade. Porém, a desvalorização do Real em relação à moedas como dólar e euro acabará compensando. O Grêmio detém 60% dos direitos econômicos de Everton. No ano passado, o clube negou uma proposta de 45 milhões de euros do chinês Beijing Guoan. A pandemia atrapalhou uma possível valorização do jogador, que muito provavelmente disputaria a Copa América deste ano pela Seleção Brasileira.