Receba as notícias mais importantes do dia no WhatsApp. Receba de graça as notícias mais importantes do dia no seu WhatsApp.
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
Educação

Erechinense vence competição de Direito Internacional Humanitário nos Estados Unidos e recebe prêmio por destaque em oratória

Ana Laura Giaretta, erechinense e ex-aluna da Escola Básica da URI, foi parte do time da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), acompanhada das colegas Luiza Fernandes e Letícia Heinzmann.

Secom URI
por  Secom URI
26/03/2024 13:46 – atualizado há 8 segundos
Continua depois da publicidadePublicidade

No último fim de semana (23 a 25 de março), o Brasil fez história vencendo a 11ª Competição Clara Barton de Direito Internacional Humanitário, em Washington D.C., Estados Unidos.

Ana Laura Giaretta, erechinense e ex-aluna da Escola Básica da URI, foi parte do time da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), acompanhada das colegas Luiza Fernandes e Letícia Heinzmann.

Foto: arquivo Ana Laura - Ana Laura, à direita, conquistou o prêmio individual de oratória

O time, composto por três brasileiras, era o único que não tinha o inglês como língua nativa. Ana Laura, Letícia e Luiza enfrentaram conceituadas universidades norte-americanas, bem como as academias da Marinha, Exército e Aeronáutica dos Estados Unidos, e se sagraram campeãs da edição.

Além de participar da equipe campeã da Clara Barton Competition, Ana Laura recebeu prêmio individual de oratória e advocacy – isto é, a habilidade de defender oralmente um ponto de vista. A menção honrosa a colocou entre os cinco melhores oradores da competição, sendo dentre eles a única não falante nativa da língua inglesa.

A Competição

A Clara Barton Competition é uma competição jurídica sobre Direito Internacional Humanitário - também conhecido como o “direito da guerra” - realizada pela Cruz Vermelha Americana. Ela ocorre totalmente em inglês.

Durante a Competição, os participantes exploram a aplicação da lei por meio de estudos de caso de conflitos armados fictícios, interpretando diferentes papéis em um ambiente de simulação.

Ana Laura e as companheiras de time negociaram com grupos armados, visitaram prisioneiros, realizaram assessorias jurídicas, defenderam a posição de países em reuniões com a ONU e até mesmo participaram de uma simulação de programa de TV, tudo dentro do contexto do conflito armado fictício criado para a competição.

Os juízes também têm participação ativa nas rodadas, fazendo perguntas aos participantes e desafiando seu conhecimento na matéria.

A jornada na competição

A competição é composta por 4 rodadas preliminares, seguidas de quartas de final, semifinal e final. Nas rodadas preliminares, a equipe brasileira enfrentou diversas universidades e academias militares. Nas quartas de final, venceram a academia da aeronáutica dos Estados Unidos, três vezes campeã da competição em anos anteriores. Já nas semifinais, o time superado foi a academia do exército americano em uma discussão sobre ataques cibernéticos e espaciais no contexto de guerra.

A final foi contra a Texas Tech University, vencedora da competição no ano anterior. Tendo que defender a legalidade de um ataque no conflito armado, as brasileiras sagraram-se campeãs da 11ª Clara Barton Competition.

Prêmio de oratória

Ana Laura foi uma das cinco melhores oradoras da competição e recebeu menção honrosa por suas habilidades de defesa oral.

Na competição, os participantes assumem diversos papéis e devem adequar seu modo de falar, linguajar e tom de acordo com os diferentes personagens que estão interpretando. Os melhores nessa habilidade são os reconhecidos com o prêmio de Honorable Mention Advocate, recebido pela erechinense.

Processo de seleção

Para participar, é exigido um excelente conhecimento de direito internacional humanitário e domínio proficiente da língua inglesa, caso não seja falante nativo. A seleção ocorre em duas partes. Primeiramente, uma entrevista oral sobre a matéria feita pela Clínica de Direito Humanitário da UFRGS. Os três selecionados para representar a universidade, então, partem para a segunda etapa de seleção nos Estados Unidos, por meio do envio de um memorial online sobre o tema. Em sequência, as 16 melhores são aprovadas para competir oralmente na sede da Cruz Vermelha Americana, em Washington D.C.

Aprendizados

Ana Laura enfatiza que o processo de preparação é intenso, demandando muitas horas de leituras e práticas orais por semana. Na competição, todo esse conhecimento é posto à prova através das tarefas, que são complexas e permitem apenas uma hora de preparação, e principalmente das desafiadoras perguntas dos juízes. Estar em um ambiente com tantas referências no Direito Internacional e estudantes de universidades tão conceituadas traz fantásticas oportunidades, diz a ex-aluna da Escola da URI.

Além disso, o prêmio individual de oratória é valioso. Para Ana Laura, “ele é uma prova de que é possível, através do estudo, aperfeiçoar-se em uma língua estrangeira ao ponto de inclusive superar muitos falantes nativos na expressão oral”.

O triunfo de Ana Laura, Letícia e Luiza diante de conceituadas universidades e academias militares norte-americanas representa, em suma, o poder do estudo, mostrando que o conhecimento é o melhor combustível para alçar voos altos.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE