Política

Em ranking que mede percepção sobre corrupção, Brasil ocupa 104ª posição, de 180

País caiu dez posições desde o último levantamento do IPC, que avalia como especialistas e empresários percebem a integridade do setor público em diferentes nações

Por Redação/com informações do Jornal O Sul Publicado em 30/01/2024 11:10 - Atualizado em 03/06/2024 13:56

O Brasil experimentou uma queda de dez posições no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) de 2023, conforme divulgado pela organização não governamental Transparência Internacional nesta terça-feira (30). O país alcançou 36 pontos, situando-se na 104ª posição em um ranking que abrange 180 nações.

O IPC avalia como especialistas e empresários percebem a integridade do setor público em diferentes países, utilizando uma escala de zero a 100, onde zero indica "altamente corrupto" e 100 representa "muito íntegro". O Brasil compartilhou a mesma pontuação com a Argélia, a Sérvia e a Ucrânia.

Na classificação das Américas, o Brasil ficou atrás de países como Uruguai (76 pontos), Chile (66 pontos), Cuba (42 pontos) e Argentina (37 pontos). A pontuação brasileira foi dois pontos menor em comparação com o ano anterior (2022) e ficou abaixo da média global, estabelecida em 43 pontos. Este é o segundo pior desempenho do Brasil desde o início do cálculo do índice, sendo que em 2018 e 2019 o país obteve apenas 35 pontos.

Dinamarca liderou o ranking com 90 pontos, enquanto a Somália recebeu a menor pontuação, totalizando 11 pontos.

Além da Dinamarca, as pontuações mais altas inclui países como Finlândia, Nova Zelândia, Noruega e Singapura, enquanto os países com as pontuações mais baixas incluem Iêmen, Venezuela, Síria, Sudão do Sul e Somália.

A Transparência Internacional apontou que o Brasil "fracassou na reconstrução do pilar político de controle da corrupção" em 2023, fazendo diversas recomendações. Entre elas, destaca-se a necessidade de implementar uma política nacional anticorrupção com ampla participação da sociedade civil. 

Outra orientação foi a garantia de máxima transparência nos programas de investimento público, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), além da preservação da Lei das Estatais e o fortalecimento dos mecanismos de governança dessas empresas para evitar que se tornem objeto de troca.

A Controladoria-Geral da União (CGU) respondeu às avaliações, destacando os esforços do governo na reconstrução dos conselhos de políticas públicas e no combate diário aos riscos de corrupção. A CGU ainda salientou o fortalecimento da integridade dos órgãos federais, a colaboração na implementação de programas de integridade pública e o aprimoramento de mecanismos para prevenir, detectar e sancionar a corrupção.

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