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SUTRAF-AU expõe desafios no fornecimento de energia durante reunião da AMAU; Vídeo

O coordenador geral do SUTRAF no Alto Uruguai foi ouvido pelo AU após falar na Assembleia da AMAU. Veja na entrevista que Alcemir Bagnara entregou dossiê, denunciando com provas os fatos relatados.

Por Assessoria Publicado em 20/01/2024 13:55 - Atualizado em 03/06/2024 13:56

Na Assembleia da Associação dos Municípios do Alto Uruguai (AMAU), realizada nesta quinta-feira(18), a questão do fornecimento de energia elétrica na região foi tema central. O Sindicato Unificado dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Alto Uruguai (SUTRAF-AU) denunciou as adversidades enfrentadas pelas famílias que vivem no meio rural.

O coordenador geral do SUTRAF-AU, Alcemir Bagnara disse no encontro que “os problemas remontam, no mínimo, a 2011, envolvendo questões relacionadas ao fornecimento, qualidade de infraestrutura, postes deteriorados, falta de manutenção, e redes em condições precárias. Além dessas complicações, a demora no restabelecimento da energia elétrica foi destacada, evidenciando a ausência de respostas da RGE às reclamações apresentadas”.

A presidente da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul marcou presença na Assembleia, onde foi ressaltada a importância fundamental da energia elétrica para o desenvolvimento da agricultura familiar. A demora no restabelecimento, segundo o SUTRAF-AU, impõe ônus aos agricultores, forçando-os a arcar com custos que não deveriam ser seus.

Os prejuízos decorrentes da prolongada interrupção de energia foram evidenciados, destacando-se situações críticas em municípios como Itatiba do Sul e São Valentim. Problemas no manejo de animais, sistemas automatizados, ordenha, resfriamento do leite, além das dificuldades cotidianas como falta de internet, TV, ventiladores, e até mesmo privações de serviços básicos foram mencionados.

Durante a reunião, foi entregue um extenso dossiê com mais de 60 páginas, contendo dados sobre o problema na região do Alto Uruguai, relatórios específicos de cada município, um estudo realizado em 2020 pela UFFS Campus Erechim e o SUTRAF-AU, inquérito civil na Procuradoria do Consumidor do Ministério Público do Rio Grande do Sul, uma carta da comunidade de São Valentim e um ofício da Câmara de Vereadores de Marcelino Ramos. O material incluiu também protocolos e imagens documentando a situação.

O SUTRAF-AU apresentou um documento com solicitações à RGE, AGERGS e ao Governo do Estado, destacando a necessidade de atenção urgente para a situação enfrentada pela região. Apesar da falta de otimismo em relação à resposta da RGE, há esperanças de que a AGERGS, enquanto agência reguladora, assuma um papel efetivo na fiscalização e resolução dos problemas enfrentados pelo Alto Uruguai. Fotos mostrando postes caídos e registros de protocolos sem resposta efetiva também foram apresentados durante a reunião.

Além disso, foram apresentadas fotos demonstrando a situação da rede elétrica no interior, com postes pobres caídos e com tala, cobertos de vegetação, além de registros de protocolos sem resposta efetiva.

O SUTRAF-AU apresentou um documento realizando algumas solicitações para a RGE, AGERGS e o Governo do Estado. Confira as demandas:

Para a RGE

· Realizar a substituição de todos os postes de madeira em no máximo três anos;

· Realizar a limpeza periódica das áreas de servidão, intensificando o trabalho nas áreas onde as árvores estão encobrindo a fiação;

· Aumentar o número de equipes de trabalho que realizam os consertos das redes e restabelecimento de energia elétrica;

· Ressarcimento financeiro de perdas e danos às famílias que permaneceram ou virão a permanecer sem energia elétrica, pelo tempo a mais previsto no Artigo 176, da Resolução da ANAEEL 414/2010; e

· Apresentação de relatório com número de postes de madeiras e concreto na região e plano de substituição.

Para AGERGS

· Fiscalização mais rígida junto à concessionária, nos tópicos de substituição de postes e fiação, roçadas a área de servidão e tempo de restabelecimento de energia elétrica; e

· Criação de canal de comunicação direta e simplificada para denúncias de entidades e/ou usuários;

Para o Governo do RS

· Revisão da concessão a RGE pela aparente incapacidade operacional de comunicação com o público usuário

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