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Agro

“Dai a Cesar o que é de Cesar”!

Por Ivan Ramos diretor executivo da Fecoagro

Ivan Ramos - Dir. Fecoagro-SC
por  Ivan Ramos - Dir. Fecoagro-SC
28/06/2021 13:09 – atualizado há 2 anos
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A frase bíblica “Daí a Cesar o que é de Cesar”, embora possa ter interpretações divergentes, tem compreensão popular para que creditemos a quem de direito, os méritos de um resultado alcançado. Se na Bíblia significava que Jesus concordava que imposto deveria ser pago no âmbito terrestre, apesar de divergentes opiniões, aqui no nosso meio queremos expressar que devemos reconhecer os méritos a quem de direito. Transportando o tema para a esfera política-administrativa em SC, precisamos relembrar que no início do atual governo o setor agropecuário teve embates acirrados com algumas decisões governamentais.

A primeira delas foi a ausência do governador nos eventos agropecuários, ignorando olimpicamente a importância e a expressão de um dos mais importantes setores da economia catarinense. Logo em seguida a decisão governamental de querer tributar os defensivos agrícolas, onerando os insumos indispensáveis de uma atividade que sempre foi a responsável pela geração de empregos, renda e tributos no desenvolvimento econômico não apenas no campo, mas nas atividades urbanas, principalmente nas cidades do interior. Felizmente, com a união e firmeza na defesa das suas teses do setor agro, mais a participação importante do parlamento estadual, essa ideia de tributação foi demovida, e no âmbito estadual nada mudou a esse respeito.

A partir desse episódio o governador passou a ser mais sensível na nobre missão política de ouvir as bases. Fez com que mudasse de opinião sobre o agro, adotando comportamento diferente como da água para o vinho. O governador Carlos Moisés tem sido parceiro importante do agronegócio e tem prestigiado as atividades com presença física e ações governamentais importantes. Temos que reconhecer isso por questão de justiça. Se muitas vezes opinamos criticando determinadas decisões, agora temos que elogiar a nova postura.

Para ficar em poucos exemplos concretos, podemos citar a ampliação dos recursos para o programa Terra Boa para atingir maior número de agricultores; os programas especiais para atender agricultores atingidos pela estiagem em nosso Estado; o apoio aos pescadores e apicultores; e recente medida enviada à Assembleia Legislativa que define mais de R$ 300 milhões para os projetos de prevenção contra as frequentes estiagens, inclusive, com apoio na estruturação dos municípios com ações de interesse do setor agropecuário.

Além da mudança visível no comportamento do governador para com setor, a escolha de um deputado para assumir a secretaria da Agricultura, facilitou o diálogo, com a presença frequente de Altair Silva no campo, com destaque nas cooperativas, apesar das restrições da pandemia, mudou o conceito de governar perante os agricultores e suas entidades de representação. Ao Legislativo estadual que também tem proposto projetos importantes para o setor e deliberado a favor das propostas do executivo, também merece ser reconhecido pelo setor do agronegócio.

Portanto, a mudança comportamental do governo é notória e reconhecida, e tem merecido elogios da classe rural. Há que se reconhecer também as medidas de contenção de despesas e o controle de exageradas interferências políticas corporativistas nas ações do executivo, também foram pontos positivos do atual governo. Dessa forma, podemos dizer com segurança que estamos de acordo que devemos dar a Cesar o que é de Cesar. Cada um deve ter seu quinhão de crédito quando merecido. Pense nisso.

-Ivan Ramos é Diretor Executivo da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado de Santa Catarina - Fecoagro

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