Saúde

​Hepatite misteriosa aguda é investigada em 10 crianças de SC

Pacientes de sete cidades são acompanhados pela Dive/SC. Origem da doença segue desconhecida.

Por Ederson Vilas Boas Publicado em 17/09/2022 14:13 - Atualizado em 03/06/2024 11:21

A Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina) investiga dez casos suspeitos da “hepatite misteriosa aguda” em crianças.

Os pacientes são de Itajaí, Balneário Camboriú, São José, Chapecó, Joinville, Ituporanga e Florianópolis, com idades entre 5 meses e 16 anos. Segundo a diretoria, não há previsão para a conclusão dos exames.

Na última sexta-feira (9), a Dive emitiu uma nota que dá orientações sobre o aumento de casos. Segundo o órgão, a origem da doença permanece desconhecida, mas “extensas investigações” estão em andamento.

A Dive afirma que a maioria os casos parece não apresentar relação direta com a origem, seguindo desconhecida apesar de extensas investigações.

Muitos casos têm sintomas gastrointestinais, incluindo dor abdominal, diarreia e vômitos antes de apresentarem a hepatite aguda grave (inflamação do fígado) e aumento dos níveis de enzimas hepáticas. Mesmo assim, os vírus comuns relacionados à hepatite aguda não foram detectados em nenhum dos casos.

Confira a relação de casos


1) Itajaí – 7 anos
2) Balneário Camboriú – 16 anos
3) São José – 3 anos
4) Chapecó – 7 anos
5) Joinville – 8 anos
6) São José – 4 anos
7) Ituporanga – 4 anos
8) Florianópolis – 3 anos
9) Florianópolis – 5 meses
10) Florianópolis – 11 meses

Embora o adenovírus seja uma hipótese para causa subjacente, o órgão relata que ele não explica totalmente a gravidade do quadro clínico. 

Extensas investigações epidemiológicas estão em andamento para identificar exposições comuns, fatores de risco ou ligações entre os casos.

Outras hipóteses também estão sendo levantadas, como o aumento da suscetibilidade ao adenovírus entre crianças pequenas após a pandemia de Covid-19, devido à redução de patógenos, o surgimento de um novo adenovírus e a infecção pregressa ou coinfecção por coronavirus.

Vale mencionar que as hipóteses relacionadas aos efeitos colaterais das vacinas contra a Covid-19 não são suportadas atualmente. 

A Dive informa que a causa disso é que a grande maioria das crianças que apresentaram a doença não receberam a vacina contra a Covid.

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