Agro
Preço do quilo do suíno tem queda de R$ 0,20 centavos e preocupa produtores
Presidente da ACCS ressalta que o produtor independente não está mais aguentando.
A Aurora Coop que é uma referência para o preço base do suíno, apara os produtores independentes, mini-integradores que compram leitões, confirmou neste início de semana que o preço pago ao produtor pelo quilo do suíno, teve baixa de R$ 0,20 centavos.
Conforme a cooperativa, os leitões de 8 a 22 quilos sofreram uma baixa de R$ 5,70 para R$ 5,50. Já a base do suíno terminado, mais tipificação de carcaça, caiu de R$ 5,60 para R$ 5,40.
O presidente da Associação Catarinense dos Criadores de Suínos, Losivânio de Lorenzi, ressalta que o produtor independente não está mais aguentando, pois o preço dos grãos continuam em ascensão, o custo caindo e preço do suíno caindo. Segundo ele, nestes patamares não tem como fechar a conta para o produtor ter algum tipo de lucro.
“Então isso traz um desespero para o produtor, que já presenciou no ano passado uma crise forte no setor e já se prolonga para este ano. Quando olhamos o mercado independente, encerramos o ano com a bolsa de suínos a R$ 7,33 e a semana que passou a R$ 6,43, uma queda de R$ 0,90 centavos em quilo a perda do produtor”, comentou de Lorenzi.
O presidente da ACCS argumenta que mesmo com as perdas registradas no ano passado, por outro lado, mesmo os produtores pequenos tendo deixado a atividade, o crescimento da produção de suínos no Estado.
“Quando olhamos para 2021 onde fechamos com 760 mil matrizes alojadas e no ano passado tivemos 763 mil matrizes alojadas. Então, por mais que tenha sido crise no campo, tivemos um crescimento de três mil matrizes a mais alojadas. Por isso que eu vejo esse descompasso do crescimento dentro da atividade e sempre quem perde, a maior parte, é o produtor. Porque se o mercado não comporta, vai baixando, a indústria e a cooperativa acaba baixando para o produtor e ele não tem de onde tirar porque é o último elo da cadeia produtiva. Então precisamos ter mais consciência para estes aumentos de plantéis”, lamentou.
Losivânio de Lorenzi destacou que a situação só não foi pior o ano passado, porque apesar de ter perdidas as exportações para o mercado Chinês e Hong Kong, foram abertos outros mercados como Singapura, Japão, Estados Unidos e outros países que importaram um número maior do produto de Santa Catarina, e o Estado exportou 4% a mais enquanto que a nível Brasil foi deixado de exportar 1% em relação a 2021. O presidente da ACCS destacou que o diferencial e que mantém o Estado no mercado é a sanidade.