Segurança

Acusada de matar grávida para roubar bebê em Canelinha vai a júri popular

Pela primeira vez após 1 ano e 3 meses do crime brutal, Rozalba Maria Grime vai estar frente a frente com testemunhas e familiares da vítima.

Por NDMais Publicado em 23/11/2021 22:09 - Atualizado em 03/06/2024 10:58

Um ano e 3 meses depois do crime brutal que chocou Santa Catarina e o Brasil, a acusada de matar uma jovem grávida para roubar o bebê vai ficar cara a cara pela primeira vez com testemunhas e familiares da vítima, nesta quarta-feira (24).

Cerâmica abandonada onde a jovem grávida foi encontrada – Foto: Arquivo/Anderson Coelho/ND

O crime aconteceu em Canelinha, na Grande Florianópolis, em agosto de 2020. Desde então, a acusada ficou presa preventivamente. Agora, ela vai a júri popular nesta quarta, na Câmara de Vereadores de Tijucas, na Grande Florianópolis.

Câmara de Vereadores de Tijucas vai receber o júri popular de Rozalba Maria Grime – Foto: Câmara de Vereadores de Tijucas

Para receber o júri, não haverá expediente do Legislativo, e a Polícia Militar deve reforçar a segurança no local. Segundo o tenente Daniel Duering, da Polícia Militar de Tijucas, afirma que o entorno da Câmara de Vereadores será isolada para o público durante o julgamento, para proteger tanto as testemunhas e quem vai compor o júri quanto a acusada. O tático de Balneário Camboriú e o canil também devem prestar apoio.

A previsão é que as 16 testemunhas apontadas sejam ouvidas nesta quarta. O júri começa às 8h, e a expectativa da população é que ainda na quarta se saiba de Rozalba Maria Grime será condenada ou não pelo crime.

Rozalba em depoimento à Polícia Civil no dia 28 de agosto, um dia após o crime em Canelinha – Foto: Reprodução/ND

Rozalba, de 27 anos, foi pronunciada pelos crimes de feminicídio qualificado por motivo torpe, usando meio cruel, por dissimulação e para encobrir outro crime, no caso o parto forçado e o “roubo” da criança.

Além disso, ela foi denunciada por tentativa de homicídio qualificado do bebê, que foi ferido durante o parto forçado. Ela pode responder ainda por ocultação de cadáver, parto suposto, subtração de incapaz e fraude processual.

A advogada de defesa, Bruna dos Anjos, afirma que a intenção da defesa não é negar a autoria do crime. Além de cumprir um direito de Rozalba, a advogada quer garantir que ela cumpra a pena considerada justa por ela.

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