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África do Sul vigia nova variante do coronavírus com capacidade de mutação duas vezes mais rápida
Atualmente, maioria das infecções no país ocorrem em função da Delta
Cientistas sul-africanos passaram a vigiar uma nova variante do coronavírus com taxa de mutação pouco habitual e cuja frequência aumentou gradativamente nos últimos meses, informou nesta segunda-feira o Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis da África do Sul (NICD, na sigla em inglês). A variante, conhecida como C.1.2, havia sido apontada, pela primeira vez, na semana passada em um estudo ainda não publicado da Plataforma de Pesquisa, Inovação e Sequenciamento [da província] do Kwazulu-Natal (Krisp).

Enquanto a maioria das infecções por Covid-19 na África do Sul é provocada atualmente pela variante Delta – identificada pela primeira vez na Índia -, a C.1.2 chamou a atenção dos cientistas porque muta quase duas vezes mais rápido do que outras variantes. A C.1.2 já apareceu em todas as províncias sul-africanas, assim como em outras partes do mundo, especialmente na China, nas Ilhas Maurício, na Nova Zelândia e no Reino Unido.
Não é, no entanto, frequente o suficiente para ser qualificada como uma “variante interesse” ou uma “variante preocupante”, como é o caso das variantes Delta (surgida na Índia) e Beta (surgida na África do Sul em 2020).
Os cientistas do NICD asseguraram, nesta segunda-feira, que a C.1.2 não está “presente senão em níveis baixos” e que é muito cedo para determinar a evolução. “Neste nível, não temos dados experimentais para confirmar como reage em termos de sensibilidade aos anticorpos”, explicou Penny Moore, pesquisadora do NICD.
A África do Sul é o país mais afetado do continente africano pela Covid-19, com 2,7 milhões de casos registrados e 81.830 óbitos até agora.
*Com informações da Agência France Presse (AFP)