Agro
Agro teve bom desempenho durante pandemia, diz Presidente da Farsul
Abastecimento interno e externo, com o aumento nas exportações, foram pontos-chave.
O desempenho do setor agropecuário durante a pandemia foi comemorado pelo presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira. Ele foi ouvido pela Rádio Guaíba e ressaltou o fato de não ter havido desabastecimento de alimentos no Brasil, ao mesmo tempo em que houve aumento nas exportações.
“As pessoas vão ao supermercado e a prateleira está cheia. Não apenas a gôndola brasileira, mas de mais de 1 bilhão de pessoas mundo afora”, disse o dirigente, durante o programa comandado pelo jornalista Guilherme Baumhardt.
No Rio Grande do Sul, a safra 2020/2021 registrou recorde de produção, o que segundo o presidente da Farsul representou uma injeção de R$ 70 bilhões na economia gaúcha. Para o Brasil, a expectativa, segundo ele, é de que o país alcance o patamar de 300 milhões de toneladas de grãos em dois anos. Hoje esse volume está em cerca de 270 milhões.
Quanto à demanda global, o dirigente destacou que o crescimento econômico, especialmente nos países asiáticos, é algo que a humanidade ainda não havia experimentado. “A demanda é contínua, constante e progressiva”, resumiu, citando que a Índia pode representar no futuro um mercado semelhante ao da China.
Irrigação
Pereira comentou que o combate à seca conta com tecnologia disponível, a irrigação. Mas lamentou que, no Rio Grande do Sul, a discussão jurídica sobre o tema tenha impedido avanços nesta área. O imbróglio envolve as áreas de preservação permanentes, na Metade Norte, e a reserva legal do Bioma Pampa, que é de 20%, na Metade Sul.
“Enquanto isso estiver no ar, vamos ter muitas dificuldades”, afirmou o dirigente, que defende a criação de açudes nas propriedades rurais para que o produtor possa utilizar o pivô central. “Irrigação sem água não existe, então temos que fazer a reservação de água”, defende.
O presidente da Farsul também comentou o que espera da Expointer 2021, que ocorre de 4 a 12 de setembro no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. A federação é uma das entidades co-promotoras e o formato da exposição segue em estudo. “Vai ser bem diferente do que houve no ano passado, mas nada parecido com o que foi em 2019”, acredita.