Segurança

Alta na taxa de suicídios de policiais é quase 8 vezes maior do que da população em geral

Polícia militar representa 66% do total de suicídios registrados; polícia civil soma 17% dos casos

Por Gabriel Sestrem/Gazeta do Povo Publicado em 16/07/2022 11:08 - Atualizado em 03/06/2024 11:16

A taxa de suicídios entre policiais da ativa das diferentes corporações no Brasil apresentou aumento de 55,4% no ano passado, com 121 ocorrências, segundo o 16º Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgado no fim de junho. O número é quase oito vezes maior do que o aumento verificado entre a população em geral, de 7,4%.

Mais um caso foi registrado na madrugada desta sexta-feira (15). Um policial militar matou oito pessoas, sendo seis de sua família e, em seguida, tirou a própria vida no Oeste do Paraná. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.

A taxa de suicídios entre policiais da ativa das diferentes corporações no Brasil apresentou aumento de 55,4% no ano passado, com 121 ocorrências, segundo o 16º Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgado no fim de junho. O número é quase oito vezes maior do que o aumento verificado entre a população em geral, de 7,4%.

Mais um caso foi registrado na madrugada desta sexta-feira (15). Um policial militar matou oito pessoas, sendo seis de sua família e, em seguida, tirou a própria vida no Oeste do Paraná. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.

Com relação aos dados do anuário, a título de comparação, o total de agentes de segurança que tiraram a própria vida em 2021 é mais da metade do número de policiais mortos em serviço durante todo o ano (190) e o dobro de suicídios registrados na população em geral em estados como Acre, Amapá e Roraima.

Entre os estados com a realidade mais crítica está o Rio de Janeiro. Nos últimos três anos, há um acumulado de 83% em suicídios de policiais – foram seis casos registrados em 2019, nove registros em 2020 e 15 em 2021. Outro estado em situação delicada, a Bahia apresentou aumento acumulado de 152% nos últimos quatro anos. Mas é São Paulo que, em números absolutos e proporcionais, mais contribuiu para a alta – excluindo o estado paulista, a alta em todo o Brasil seria de 18,5%.


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