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Até a manhã de quarta-feira, 22, Santa Catarina registrou a ocorrência de cinco tornados em novembro. A Defesa Civil validou a presença desse fenômeno em Cunha Porã no dia 3, Tubarão no dia 11, Itá no dia 16, e em Sombrio e Urupema no dia 18.
Os meteorologistas da Epagri/Ciram esclarecem que tanto os tornados quanto as chuvas intensas de outubro, que superaram significativamente a média, estão relacionados a uma primavera caracterizada pela influência do fenômeno El Niño de forte intensidade. Este fenômeno é responsável, nesta estação do ano, por manter ativos e intensos os sistemas meteorológicos instáveis no Sul do Brasil.
A definição de tornado é apresentada pela meteorologista Maria Laura Guimarães Rodrigues como uma coluna de ar giratória, em formato de nuvem-funil, que se estende de uma nuvem de tempestade até tocar a superfície do solo. Quando formados sobre o mar, são conhecidos como trombas d'água.
Segundo a meteorologista Gilsânia Cruz, os tornados estão associados a tempestades severas, frequentes em Santa Catarina neste mês de novembro. Ela destaca que esses tornados resultam de supercélulas, que são nuvens com intenso desenvolvimento vertical e topo frio. Essas supercélulas são tempestades poderosas que apresentam rotação, um elemento essencial para a formação de tornados.
Elas têm um alto potencial para causar danos relacionados a ventos fortes, como destelhamentos, quedas de árvores e danos na rede elétrica. A confirmação de um tornado ocorre por meio de uma análise combinada de imagens de radar juntamente com fotos e vídeos do local atingido.
