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Cidade

Após dez anos da morte, família quer tornar Zilda Arns santa

A médica e sanitarista ficou conhecida pela criação da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa. Ela faleceu em janeiro de 2010, durante um terremoto no Haiti.

Gazeta do Povo
por  Gazeta do Povo
12/01/2020 18:19 – atualizado há 3 anos
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"Dez anos após sua morte, vítima de um terremoto em Porto Príncipe, no Haiti, a médica Zilda Arns Neumann (1934-2010) segue lembrada por seu legado social, as três indicações ao Nobel da Paz e sua trajetória de vida. 

Conforme Lilian Arns, sua sobrinha, todos os dias chegam depoimentos sobre feitos realizados por ela - material que, organizado em sigilo, está se tornando o dossiê que pode ajudá-la a ser reconhecida como santa pela Igreja Católica.

Irmã de Paulo Evaristo Arns (1921-2016), frade franciscano que foi cardeal da Igreja e arcebispo de São Paulo, Zilda formou-se em medicina pela Universidade Federal do Paraná em 1959, especializou-se em saúde pública, pediatria e sanitarismo. Em 1983, a convite da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), criou a Pastoral da Criança.

A  sobrinha Lilian Arns, coordenadora diocesana da Pastoral da Criança de Criciúma (SC), avalia:

"Seu trabalho foi um marco na história dos cuidados com crianças no Brasil. Graças ao trabalho coordenado por ela, houve uma mudança significativa nos cuidados básicos da saúde das crianças em comunidades mais pobres, com redução de mortalidade e desnutrição infantil."

Zilda Arns estava no Haiti a trabalho, em missão da Pastoral da Criança, quando acabou se tornando uma das milhares de vítimas de um terremoto de intensidade 7. Ela havia chegado ao país dois dias antes. Cinco anos depois de sua morte, em 2015, a Igreja Católica abriu um processo de canonização. Pelas normas eclesiais, os trabalhos foram iniciados em Porto Príncipe, no Haiti - local de sua morte. Contudo, graças a esforços da Pastoral da Criança no Brasil houve uma transferência do processo para Curitiba, no Paraná, onde ela viveu a maior parte da vida.

Especialistas afirmam que essa transferência para o Brasil é fundamental. Isso porque, na fase diocesana, um processo de canonização depende justamente de relatos, testemunhos e pesquisas biográficas que atestem a potencial "santidade" do candidato.

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