A Apple anunciou o desenvolvimento de uma inteligência artificial capaz de detectar a gravidez com 92% de precisão, marcando um avanço significativo no uso de tecnologia vestível para a saúde feminina. A ferramenta, batizada de WBM (Wearable Behavior Model), combina dados comportamentais e fisiológicos coletados pelo Apple Watch para identificar sinais precoces de gestação com maior confiança que métodos tradicionais.
O diferencial da IA está na análise de métricas como número de passos, variações nos batimentos cardíacos, padrão de sono e ritmo de caminhada. Essas informações foram extraídas de um enorme volume de dados: mais de 2,5 bilhões de horas registradas no Apple Heart and Movement Study. Ao adotar uma abordagem híbrida — unindo comportamento e sinais vitais — o sistema oferece maior estabilidade e representatividade no diagnóstico.

A Apple afirma que, embora a IA não substitua os dados biométricos convencionais, ela complementa o monitoramento em tempo real. Além da gravidez, o modelo mostrou potencial para prever outras condições de saúde, como distúrbios do sono, infecções, lesões e até problemas cardiovasculares, incluindo a fibrilação atrial.
Usuárias que registram a gravidez no app Saúde, disponível em iPhones e iPads, já recebem acompanhamento detalhado, incluindo recomendações para ajustar notificações do Apple Watch conforme a fase gestacional. Por exemplo, no primeiro trimestre, o relógio pode sugerir desativar alertas de preparo cardiovascular; no terceiro, ativar notificações sobre estabilidade ao caminhar.
A nova tecnologia estará disponível a partir de julho de 2025 e integra a estratégia da Apple de avançar na área da saúde pessoal. Combinando IA e dispositivos vestíveis, a empresa busca oferecer suporte mais preciso e individualizado às gestantes.
Segundo a Apple, essa abordagem tem o potencial de revolucionar o cuidado com a saúde feminina, e a empresa já planeja expandir essas soluções para outros tipos de monitoramento em futuras atualizações.