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Divulgação PMSC
Segurança

Asfixia: Perícia conclui o que provocou a morte de 4 jovens em BMW, em Balneário Camboriú

A conclusão da investigação revelou que a causa dessas tragédias foi asfixia, decorrente da elevada concentração de monóxido de carbono no sangue.

NDMais
por  NDMais
12/01/2024 14:14 – atualizado há 15 segundos
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Em uma coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (12), em Florianópolis, as autoridades trouxeram informações cruciais sobre a causa das mortes dos quatro jovens dentro de uma BMW, estacionada na rodoviária de Balneário Camboriú.

A conclusão da investigação revelou que a causa dessas tragédias foi asfixia, decorrente da elevada concentração de monóxido de carbono no sangue.

De acordo com as autoridades, três das vítimas apresentaram mais de 50% de monóxido de carbono no sangue, enquanto uma delas registrou 49%. Esse elevado nível foi determinante para as quatro mortes, causando convulsões e tornando-se extremamente perigoso.

A Perita Criminal e bioquímica, Bruna de Souza Boff, esclareceu que, embora o monóxido de carbono seja inalado em ambientes abertos sem causar intoxicação, ele pode ser letal em locais fechados, sendo que acima de 40% já é geralmente suficiente para causar a morte.

Os peritos constataram que as vítimas não apresentavam sinais de violência, e o ar-condicionado do veículo estava ligado a 27ºC.

Adulterações na BMW

Entretanto, os exames mecânicos revelaram adulterações no veículo, incluindo alterações no catalisador, uma tubulação inadequada ligada ao escapamento, modificações na parte média do escapamento para gerar mais ruídos, alterações no silenciador e a presença de um chip de potência.

A investigação concluiu que houve uma adulteração no downpipe que é uma tubulação que conecta a saída do coletor de escapamento ao restante do sistema de escapamento.

Adulterações na BMW – Foto: Divulgação/Polícia Civil/ND

Ele é projetado para direcionar os gases de escapamento para fora do motor e, eventualmente, para fora do veículo. Neste caso, o motorista optou por substituir o downpipe original por modificar o existente para melhorar o desempenho do veículo.

Segundo os peritos, essas modificações resultaram em vazamentos significativos de monóxido de carbono, levando às quatro mortes. O perito criminal Luiz Gabriel Alves de Deus explicou que as alterações tornaram o veículo mais barulhento e potente.

O diretor de medicina legal e perito médico legista, Fernando Oliva da Fonseca, ressaltou que os corpos apresentavam sinais de asfixia, e as manchas observadas indicaram intoxicação por monóxido de carbono. Os exames, incluindo testes de monóxido de carbono no sangue, confirmaram que os jovens morreram devido à substância.

A BMW pertence à mãe de Tiago de Lima Ribeiro, 21, uma das vítimas.

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