Política

Assembleia extingue pensão vitalícia a ex-governadores no RS

Proposta, que recebeu 49 votos a favor e 1 contra, tramitou na Casa por seis anos.

Por Rádio Guaíba Publicado em 13/07/2021 20:54 - Atualizado em 31/07/2024 09:20

A Assembleia Legislativa aprovou, nesta terça-feira, o projeto de lei que revoga o pagamento de pensão vitalícia a ex-governadores e viúvas de ex-governadores do Rio Grande do Sul. A proposta, que tramitou na Casa durante seis anos, recebeu 49 votos favoráveis e apenas um contrário, e agora segue para a sanção do governador Eduardo Leite.

Antes do texto principal ir a votação, os parlamentares discutiram um substitutivo apresentado à tarde pelo deputado Gilberto Capoani (MDB), que acabou sendo rejeitado por 26 votos a 23.

A proposta do emedebista previa o pagamento de subsídios por seis meses aos futuros governadores do Estado que deixarem o cargo, a partir da gestão seguinte à de Eduardo Leite (PSDB). Segundo essa mesma proposta, o tucano garantia o benefício pelos quatro anos seguintes à saída do cargo. O texto também não extinguia a pensão vitalícia para aqueles que já recebem os valores – nove ex-governadores e quatro viúvas de ex-governadores.

Autor da matéria original, o deputado Pedro Pereira (PSDB), estima que a decisão da Casa renda uma economia de aproximadamente R$ 6 milhões por ano aos cofres públicos, montante que, segundo ele, pode ser aplicado em outras áreas, como segurança, saúde e educação.

Atualmente recebem o benefício Jair Soares, Pedro Simon, Alceu Collares, Antonio Britto, Olívio Dutra, Germano Rigotto, Yeda Crusius, Tarso Genro e José Ivo Sartori, além de quatro viúvas. A lei estadual que criou a pensão vitalícia é de 1979. A maioria dos ex-governadores tem outras aposentadorias, pensões ou cargos públicos remunerados. Alceu Collares, por exemplo, era até assumir Bolsonaro, diretor da Itaipu Bi-Nacional.

O tema também é alvo de discussão no Supremo Tribunal Federal (STF). A votação era prevista para junho, mas acabou sendo adiada.

Relembre

Em 2015, o Parlamento gaúcho aprovou a proposta de autoria de Any Ortiz (Cidadania), que estabeleceu o fim do pagamento do subsídio para os governadores seguintes, após o quarto ano fora do cargo – o que já extinguia o caráter vitalício do repasse. A decisão, porém, mantinha o direito ao pagamento aos ex-governadores anteriores a Eduardo Leite.

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