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Segurança

Babá suspeita de dopar crianças em Canoas é indiciada pela Polícia Civil

Ela responderá em liberdade à Justiça por lesão corporal grave, omissão de socorro e furto de medicamentos.

GZH
por  GZH
07/01/2020 08:25 – atualizado há 3 anos
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A babá de 39 anos suspeita de dopar dois irmãos gêmeos, de três anos e 11 meses, em Canoas, na Região Metropolitana, foi indiciada pela Polícia Civil nesta segunda-feira (6). Ela responderá, em liberdade, à Justiça pelos crimes de lesão corporal grave, omissão de socorro e furto de medicamentos.

A mulher estava substituindo a filha, de 21 anos, que é babá em tempo integral das crianças. Em novembro, no entanto, a jovem teve que faltar ao serviço, e a mãe, suspeita dos crimes, foi cuidar das crianças.

Na ocasião, imagens de câmeras de segurança do condomínio mostram os meninos tropeçando e caindo no chão a todo instante, batendo com a cabeça em brinquedos e até em uma cerca, enquanto tentavam brincar em uma pracinha. Na maior parte dos 22 minutos de vídeo, a mulher está sentada.

Ouvida, a babá negou que tenha dado o medicamento aos garotos, e disse que eles teriam encontrado o remédio na bolsa dela e ingerido. Ela assumiu ter furtado as doses da clínica em que trabalhava, que atende dependentes químicos em Canoas. No local, a suspeita tinha acesso aos remédios, e era responsável pela separação e distribuição deles, conforme a polícia.

A dona da clínica também foi ouvida. Ela afirmou, de acordo com a polícia, que a suspeita teria pedido adiantamento do salário porque estava com dificuldades financeiras. A babá estaria fazendo bicos e trabalhos extras e, por estar cansada, teria dopado as crianças, de acordo com a investigação.

Crianças ficaram três dias internadas

O delegado que investiga o caso, Pablo Rocha, conta que a mãe dos gêmeos, uma advogada, havia saído para comprar lanches e, ao ver os filhos naquele estado tentou reanimá-los com um banho, mas não conseguiu, e os levou ao hospital. As crianças passaram três dias internadas em estado grave e, segundo Rocha, correram risco de morrer. No segundo dia de internação, as crianças ainda não conseguiam andar, de acordo com a polícia.

Um laudo do Centro de Informação Toxicológica da Secretaria Estadual da Saúde constatou, no sangue dos meninos, intoxicação por benzodiazepínicos —medicamento usado como calmante para diminuir a ansiedade.

Os irmãos estão em casa e não apresentam sequelas, mas continuam sendo acompanhados pelas autoridades.

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