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Balão que chega a 30 mil metros de altitude quer levar turistas até a estratosfera

Para a primeira viagem da World View, prevista para 2024, os ingressos custarão cerca de US$ 50 mil — valor equivalente a quase R$ 275 mil.

Por OSul Publicado em 08/10/2021 21:45 - Atualizado em 03/06/2024 10:49

Depois dos voos de Elon Musk, Jeff Bezos e Richard Branson, uma nova empresa aposta em levar turistas às alturas. Com um balão do tamanho de um campo de futebol, os tripulantes da World View poderão ver a curvatura do planeta e apreciar grandes maravilhas da Terra lá do alto.

A proposta é levar os passageiros a 30 mil metros de altitude — um balão comum vai a cerca de 40 metros. Isso é suficiente para alcançar a camada da estratosfera, mas não atingir o espaço.

Foto: Divulgação/World View

O voo da Blue Origin, de Bezos, foi até 100 quilômetros (100 mil metros), enquanto da SpaceX entrou até em órbita, a 575 quilômetros (575 mil metros) de distância da Terra.

Para participar da primeira viagem da World View, prevista para 2024, é preciso desembolsar US$ 50.000 — valor equivalente a quase R$ 275.000.

As outras empresas na corrida pelo turismo espacial não oferecem pacotes por menos de US$ 200.000 (R$ 1,1 milhão, em conversão direta).

Sem gravidade zero

Como não há uma grande aceleração como a dos foguetes, os passageiros da World View não terão aquela sensação de gravidade zero, de flutuação. Sua velocidade média é de 20 km/h, e as viagens devem durar entre 6 e 12 horas.

Ryan Hartman, o presidente da World View, diz que é o voo é muito seguro.

“Isso significa que a pressão interna é idêntica à pressão externa e sendo esse o caso, se você tem um buraco no balão, não é como se fosse estourar nem nada. Não vai ter nenhum tipo de impacto enorme. Na verdade, um buraco no balão não vai afetar o desempenho do voo por horas, senão dias”, afirma.

Ao contrário dos balões convencionais, que sobem usando ar quente, o modelo espacial é preenchido com gás hélio, que expande o balão conforme fica mais alto. Isso dá aos passageiros uma elevação mais suave.

Na descida, a cápsula com os tripulantes se desprende do balão, que pode ser reutilizado, e pousa com auxílio de paraquedas.

Hartman diz que este tipo de viagem é mais “ecologicamente correto” por não gastar uma quantidade enorme de combustível.

Vista do céu

Lá de cima, os passageiros poderão ver a curvatura da terra e olhar para o espaço. Também avistarão maravilhas como a Grande Barreira de Corais, o Grand Canyon, a Muralha da China, o Serengeti, a Amazônia, a Aurora Boreal e as pirâmides de Gizé.

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