Bancos públicos restringem financiamentos agrícolas a áreas com alerta de desmatamento no MapBiomas Brasil

Os bancos públicos do Brasil, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, anunciaram restrições ao financiamento de agricultores que possuem áreas com alerta de desmatamento junto à ferramenta MapBiomas Brasil. A medida tem como objetivo reduzir o impacto ambiental da atividade agrícola e pressionar por práticas mais sustentáveis no setor.

De acordo com o MapBiomas Brasil, a ferramenta utilizada pelos bancos públicos para identificar áreas com alerta de desmatamento, entre os anos de 2020 e 2021, mais de 8 milhões de hectares de florestas foram derrubados no país, um aumento de 13,6% em relação ao período anterior. 

Esse aumento da devastação das florestas tem sido uma preocupação crescente para as instituições financeiras, que vêm sofrendo pressão de investidores e da sociedade civil para adotar práticas mais sustentáveis.

Segundo o Banco do Brasil, a restrição aos financiamentos agrícolas se aplica a áreas com alerta de desmatamento desde 1º de janeiro de 2022. Já a Caixa Econômica Federal afirmou que a medida será aplicada a partir de julho deste ano. Os bancos ressaltaram que a decisão visa estimular a adoção de práticas mais sustentáveis na agricultura, como a conservação de áreas naturais e a recuperação de áreas degradadas.

A medida é vista como um avanço na direção da sustentabilidade no setor agrícola, mas alguns agricultores e representantes do setor criticam a restrição, argumentando que ela pode prejudicar a produção e a competitividade no mercado. No entanto, especialistas destacam que o Brasil possui um grande potencial para a produção agrícola sustentável, que valoriza a conservação do meio ambiente e o uso racional dos recursos naturais.

Com a restrição aos financiamentos agrícolas em áreas com alerta de desmatamento, os bancos públicos esperam incentivar os agricultores a adotarem práticas mais responsáveis e sustentáveis, contribuindo para a preservação do meio ambiente e para a promoção de uma agricultura mais consciente e produtiva.