Bolsa sobe quase 2% e atinge maior nível em um mês e meio

Dólar sofre sexta queda seguida e fecha a R$ 5,91

Por O Sul Publicado em 27/01/2025 20:59 - Atualizado em 27/01/2025 21:25

O mercado financeiro brasileiro experimentou um dia de recuperação, mesmo diante das instabilidades observadas nos Estados Unidos. A Bolsa de Valores brasileira registrou, nesta segunda-feira (27), um avanço próximo de 2%, alcançando o patamar mais elevado em um mês e meio. Enquanto isso, o dólar manteve-se estável durante a maior parte do pregão e registrou queda pelo sexto dia consecutivo.

O Ibovespa, principal índice da B3, encerrou o dia em 124.861 pontos, com um aumento de 1,97%. O indicador manteve tendência de alta durante quase toda a sessão, fechando no ponto máximo do dia, impulsionado principalmente por ações de empresas do setor petrolífero, de mineração e do varejo.

Esse foi o maior patamar do índice desde 12 de dezembro. No acumulado de 2025, a bolsa brasileira já registra uma valorização de 3,8%.

No mercado cambial, o clima também foi de otimismo. O dólar comercial fechou o dia cotado a R$ 5,912, com uma leve queda de 0,1%. A moeda norte-americana chegou a atingir R$ 5,95 nos primeiros minutos de negociação, mas perdeu força ao longo do dia, mantendo-se próximo à estabilidade.

A cotação atingiu o menor valor desde 26 de novembro. No acumulado do ano, o dólar já recuou 4,34%.

Na ausência de notícias relevantes no cenário econômico doméstico, a queda do dólar foi influenciada por fatores externos. A divulgação de que a startup chinesa DeepSeek desenvolveu um sistema de inteligência artificial de código aberto a um custo significativamente menor que o do ChatGPT impactou negativamente as bolsas norte-americanas. O Nasdaq, índice que reúne empresas de tecnologia, registrou queda de 3,07%. As empresas de tecnologia dos Estados Unidos e da Europa perderam US$ 1 trilhão em valor de mercado nesta segunda-feira. O cálculo é da agência Bloomberg.

Isso fez investidores questionarem sobre a sustentabilidade de gastos e investimentos no setor por empresas dos Estados Unidos – incluindo a Microsoft, a Meta e a Alphabet. Também colocou em dúvida o domínio ocidental no setor.

Com a volatilidade nos mercados acionários, os investidores migraram para títulos do Tesouro dos Estados Unidos, considerados um dos investimentos mais seguros do mundo. Esse movimento fez com que as taxas de juros de longo prazo desses papéis caíssem, contribuindo para a desvalorização do dólar em escala global.