Política

Bolsonaro presta depoimento à PF sobre suposto plano de golpe de Estado

O ex-presidente será ouvido na tarde desta quarta-feira

Por Redação O Sul Publicado em 12/07/2023 08:16 - Atualizado em 03/06/2024 11:53

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) prestará depoimento à PF (Polícia Federal), na tarde desta quarta-feira (12), no inquérito que apura um suposto plano de golpe de Estado, denunciado pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES).

A PF investiga o envolvimento de Bolsonaro na suposta trama revelada pelo senador em fevereiro. Do Val acusou o ex-presidente e o ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) de organizarem uma reunião, quando Bolsonaro ainda estava no poder, para propor ao senador a participação no suposto golpe.

Segundo Do Val, o plano envolvia a tentativa de gravar uma conversa do senador com o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes a fim de obter provas que pudessem levar à anulação do resultado das eleições presidenciais de 2022. No pleito, Bolsonaro foi derrotado por Lula (PT) no segundo turno.

Desde fevereiro, Do Val apresentou diversas versões a respeito da reunião. Em um primeiro momento, ele indicou que Bolsonaro havia colocado o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) à disposição para a entrega de escutas. Pouco tempo depois, ele atribuiu a fala a Silveira.

O senador também disse que Bolsonaro indicou concordar com a ideia. Em outro momento, retirou a informação. 

“Bolsonaro [só] ouviu tudo e ficou calado”, afirmou, acrescentando, porém, que o ex-presidente não rejeitou as ideias de Silveira.

Ao ser ouvido pela PF no inquérito, em fevereiro, Do Val declarou, no entanto, que o ex-presidente não teria mostrado contrariedade ao suposto plano golpista.

Em entrevista em junho, o senador afirmou que apresentou somente uma versão sobre o encontro. Ele disse que a versão dada à PF é “verdadeira e com detalhes”. A declaração ocorreu horas após ele ter sido alvo de uma operação da PF que investiga a obstrução de investigações sobre os atos extremistas de 8 de janeiro. Endereços ligados ao senador foram alvo de busca e apreensão em Brasília e no Espírito Santo.

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