Segurança

Bombeiros e cães farejadores procuram Miguel próximo a pousada onde ele vivia com a mãe

A mudança na operação se deve à possibilidade de que a principal acusada no crime, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, tenha mentido ao dizer que jogou Miguel no rio Tramandaí.

Por Rádio Guaiba Publicado em 06/08/2021 11:13 - Atualizado em 03/06/2024 10:04

O nono dia de buscas pelo menino Miguel dos Santos Rodrigues, que teria sido morto pela própria mãe e pela madrasta em Imbé, no Litoral Norte, tem o reforço de cães farejadores nesta sexta-feira (6). Ao todo, dois “binômios” (como é chamada a dupla entre o animal e um agente do Corpo de Bombeiros) estão atuando nas imediações da pousada onde a vítima morou até a última quinta-feira, no centro da cidade.

Foto: Polícia Civil/Divulgação

Os cães, das raças pastor alemão e boiadeiro australiano, integram o efetivo da Companhia Estadual de Busca e Salvamento (CEBS). Eles são treinados para localizar pessoas vivas e cadáveres, e podem ajudar a determinar se o garoto foi assassinado no local. A mudança na operação se deve à possibilidade de que a principal acusada no crime, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, tenha mentido ao dizer que jogou Miguel no rio Tramandaí.

“Estamos com os cães dentro do apartamento, no terreno e no pátio do local onde a criança morava. A intenção é identificar se Miguel foi mesmo morto aqui dentro. Os binômios, que já estão trabalhando, representam mais uma ferramenta para verificarmos todas as possibilidades do que ocorreu no dia”, afirma o comandante dos Bombeiros em Tramandaí e líder da operação, tenente Elísio Lucrécio.

As buscas pelo menino também mobilizam equipes nas proximidades do mar, do rio e da orla. “Se algum pescador, ou morador, identificar algo parecido com o corpo do menino Miguel, nós iremos fazer a verificação. Temos um bote equipado com ecobatímetro, que consegue visualizar toda a profundidade do rio e nos ajuda bastante. Vamos nos deslocar sempre que houver novas informações sobre o caso”, ressalta Lucrécio.

O ecobatímetro é composto de sensores acústicos, que emite ondas capazes de atravessar a água e atingir o fundo do rio. O sinal, refletido, é detectado por um receptor assim que chega à superfície. Desta forma, é possível identificar se há algum objeto submerso em um local específico. Normalmente, equipamentos do tipo são utilizados para buscas em pontos onde não há muita profundidade.

Relembre o caso

Yasmin segue presa na Penitenciária Estadual de Guaíba. Já a companheira dela, Bruna Nathiele Porto da Rosa, está no Instituto Psiquiátrico Forense, em Porto Alegre, desde a quinta-feira. Segundo a Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), a madrasta de Miguel foi transferida após uma tentativa de suicídio. Ela foi submetida a exames, que ainda não tiveram o resultado divulgado.

A mãe de Miguel confessou ter matado a criança após o registro do desaparecimento dele junto à Polícia, na madrugada da última quinta-feira. Em depoimento à polícia, ela alega que teve a ajuda da namorada no crime. Bruna, entretanto, nega o envolvimento no caso. A madrasta acabou sendo presa em razão de mensagens obtidas em seu celular, que comprovariam a sua participação nas torturas que eram impostas ao menino.

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