Saúde

Brasil acumula mais de 260 mil mortes por doenças do coração em 2022

Para a Sociedade Brasileira de Cardiologia, boa parte das mortes que compõe essa estatística podem ser evitadas.

Por O Sul Publicado em 25/08/2022 19:23 - Atualizado em 03/06/2024 11:20

As doenças cardiovasculares provocam duas vezes mais mortes do que todos os tipos de câncer juntos no Brasil. As DCVs, forma como os especialistas chamam esse tipo de doença que afeta o coração, são a causa número 1 de mortes no País, o que representa cerca de 30% de todos os óbitos em solo brasileiro.

De janeiro a agosto já foram contabilizadas pelo Cardiômetro mais de 260 mil mortes. Para a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), boa parte das mortes que compõe essa estatística podem ser evitadas: o cuidado preventivo, como a realização de exames periódicos e a prática de exercício físico por pelo menos 150 minutos por semana podem fazer com que os fatores de risco das doenças cardiovasculares sejam minimizados e o paciente viva bem por mais tempo, o que posterga um infarto e um aneurisma, por exemplo.

Segundo a American Heart Association (AHA), 90% das pessoas que sofrem paradas cardíacas morrem antes de chegar ao hospital. O socorro nos 10 primeiros minutos é o que faz com que as vítimas sobrevivam e fiquem com menos sequelas, evitando que o paciente tenha morte cerebral a partir dos 10 minutos que sucedem a parada cardíaca.

No Brasil, houve um aumento de até 132% no número de mortes devido às doenças cardiovasculares durante a pandemia. É o que aponta um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a SBC. O levantamento também apresenta um crescimento nas mortes em domicílio durante o período, sobretudo por AVC, com 230 mil casos.

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Sinais de alerta

  • Ataque cardíaco: dor no peito (como pressão ou desconforto) que pode irradiar para mandíbula, ombro, braço ou parte superior das costas. Falta de ar, sudorese ou suor frio; fadiga incomum, náusea e tontura podem ocorrer também. Mulheres são mais propensas do que os homens a relatar mais sintomas além da dor no peito.
  • Insuficiência cardíaca: falta de ar é o sintoma clássico. Mas há sinais precoces e mais sutis que devem ser informados ao médico, como dor de estômago, náuseas, vômitos e perda de apetite; fadiga; intolerância ao exercício físico, insônia; dor (no peito e outras), distúrbios do humor (principalmente depressão e ansiedade), e disfunção cognitiva (névoa cerebral, problemas de memória). Mulheres declaram uma maior variedade de sintomas, são mais propensas a ter depressão e ansiedade e relatam uma qualidade de vida inferior em comparação com homens.
  • Doença da válvula cardíaca: em casos leves, pode ser assintomática por anos e, progressivamente, surgirem mais sintomas semelhantes aos associados à insuficiência cardíaca. Mulheres com estenose aórtica, que ocorre quando a válvula aórtica se estreita e restringe o fluxo sanguíneo do coração, mencionam mais frequentemente falta de ar, intolerância ao exercício e fragilidade física do que os homens.
  • Arritimias: sensação de batimentos cardíacos anormais ou palpitações que podem ser irregulares, rápidas, agitadas ou interrompidas. Outros sintomas incluem fadiga, falta de ar e tontura. Mulheres e adultos são mais propensos a sentir palpitações, enquanto os homens costumam ser assintomáticos.
  • Doença arterial periférica: pessoas com a enfermidade podem não apresentar sintomas ou desenvolver o sinal clássico de claudicação, que é a dor em um ou ambos os músculos da panturrilha durante a caminhada. Dor em outras partes das pernas e nos pés e nos dedos dos pés são os sintomas mais comuns, em vez da dor na panturrilha.

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