Saúde
Brasil é o 6º país com o maior número de adultos diagnosticados com o diabete mellitus
Doença é vista como pandemia e educação é a melhor prevenção; conheça os sintomas.
O diabetes mellitus é uma das doenças que mais cresce no mundo, vista pelas instituições internacionais de saúde como uma pandemia de magnitude sem precedentes na história da humanidade. Atualmente, já são 537 milhões de pacientes diabéticos ao redor mundo. A doença é considerada a que mais impactará na saúde global no século 21.
Segundo o Atlas de 2021, da IDF (Federação Internacional de Diabetes), de 2019 até a atualidade ocorreu um aumento de 16% de diabéticos no mundo. A estimativa é que até 2045 serão 783 milhões de pessoas vivendo com a doença. O país com o maior número de portadores de diabetes é a China, com 92,3 milhões, seguida pela Índia, com 63 milhões, e pelos Estados Unidos, com 24,1 milhões. O Brasil é o 6º país com o maior número de adultos entre 20 e 79 anos diagnosticados com o diabete mellitus: 16,8 milhões de pessoas.
Por esse motivo, a IDF instituiu 14 de novembro como o Dia Mundial do Diabetes, e o lema da campanha deste ano é “Educação para proteger o amanhã”. Nessa data vão ocorrer diferentes ações sobre o diabetes na tentativa de fazer um alerta global sobre os perigos à saúde, amenizar o impacto da doença na sociedade contemporânea e melhorar a qualidade e a expectativa de vida dos pacientes diabéticos.
Neste ano, serão 352 eventos realizados em 87 países. Além disso, desde 2006 importantes monumentos e construções das principais capitais do mundo vêm sendo iluminados de azul para destacar a relevância do Dia Mundial do Diabetes.
Aqui no Brasil não é diferente. Durante todo o mês de novembro, a Sociedade Brasileira de Diabetes e a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia realizam uma ampla divulgação sobre a doença por meio de diferentes ações realizadas em diversos estados brasileiros.
“O objetivo das ações do Dia Mundial do Diabetes é chamar a atenção da população sobre os riscos do diabetes, a importância do diagnóstico precoce, as formas de prevenção de complicações em pacientes diabéticos, além de ter uma função educacional para que diabéticos e não diabéticos optem por um estilo de vida saudável”, afirma a endocrinologista Cristina Schreiber.
Os dois tipos da doença
O Diabetes mellitus é uma doença caracterizada pela elevação da glicose no sangue (hiperglicemia). Pode ocorrer devido a defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas, pelas células beta. A função principal da insulina é promover a entrada de glicose nas células do organismo, de modo que possa ser aproveitada para as diversas atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação resulta em acúmulo de glicose no sangue, o que chamamos de hiperglicemia.
Diferentes condições podem levar uma pessoa a desenvolver algum tipo de diabetes, entretanto a maioria dos casos está dividida em dois grupos: diabetes tipo 1 e diabetes tipo 2.
O diabetes tipo 1 pode ser detectado em exames de sangue a presença desses anticorpos. Geralmente o diabetes tipo 1 costuma acometer crianças e adultos jovens, mas pode ser desencadeado em qualquer faixa etária.
O diabetes tipo 2 é a forma mais comum dessa doença na população, visto que cerca de 90% dos pacientes diabéticos são DM 2. Nesses pacientes, a insulina é produzida pelas células beta pancreáticas, porém sua ação está dificultada, caracterizando um quadro de resistência insulínica. Isso vai levar a um aumento da produção de insulina para tentar manter a glicose em níveis normais. Quando isso não é mais possível, surge o diabetes.
Se não reconhecido e tratado a tempo, o diabetes também pode evoluir para um quadro grave de desidratação e coma. O diabetes tipo 2 geralmente está associado a um aumento de peso e obesidade, acometendo principalmente adultos acima de 50 anos.
Quais os sintomas?
Diabetes tipo 1
- Fome frequente
- Sede constante
- Vontade de urinar diversas vezes ao dia
- Perda de peso
- Fraqueza
- Fadiga
- Mudanças de humor
- Náusea e vômito
Diabetes tipo 2
- Fome frequente
- Sede constante
- Formigamento nos pés e mãos
- Vontade de urinar diversas vezes
- Infecções frequentes na bexiga, rins, pele e infecções de pele
- Feridas que demoram para cicatrizar
- Visão embaçada