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Brasil reforça medidas de prevenção da influenza aviária

Também conhecida como gripe aviária, a doença viral é altamente contagiosa e afeta principalmente aves domésticas e silvestres

Por Canal Rural Publicado em 09/12/2022 17:21 - Atualizado em 03/06/2024 11:32

Em atenção ao aumento dos casos de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP vírus H5N1) na América do Sul, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) intensificou as medidas de prevenção da doença no Brasil, país que nunca registrou a ocorrência de IAAP.

A influenza aviária, também conhecida como gripe aviária, é uma doença viral altamente contagiosa que afeta principalmente aves domésticas e silvestres. Até o momento, foram notificados focos da doença em países vizinhos como Colômbia, Equador, Venezuela, Peru e Chile. Em alguns limitando-se a aves silvestres e outros atingindo aves de subsistência ou de produção.

Foto: Freepik

Essa é a maior epidemia de IAAP ocorrida no mundo e a maioria dos casos está relacionada ao contato de aves silvestres migratórias com aves de subsistência, de produção ou aves silvestres locais. O período de maior migração de aves do Hemisfério Norte para a América do Sul vai de novembro a abril. Por isso, neste momento, o trabalho que vem sendo realizado é o aumento das ações de vigilância pelo serviço veterinário oficial e órgãos ambientais e o reforço das medidas de biosseguridade pelos produtores, com o objetivo de mitigar os riscos de ingresso e disseminação da IAAP no país.

A intensificação das ações de vigilância inclui, por exemplo, a testagem de amostras coletadas de aves de subsistência criadas em locais próximos a sítios de aves migratórias para monitorar a circulação viral, permitir a demonstração de ausência de infecção e apoiar a certificação do Brasil como país livre da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade.

“A prevenção da influenza aviária é responsabilidade de todos os atores da cadeia de produção, a fim de salvaguardar a sanidade da criação avícola nacional e mitigar os impactos socioeconômicos de uma eventual ocorrência da doença em aves de produção comercial. A primeira linha de defesa contra a influenza aviária é a detecção precoce e a notificação oportuna de suspeita da doença para permitir uma resposta rápida, a fim de evitar a disseminação da doença”, explica o diretor do Departamento de Saúde Animal do Mapa, Geraldo Marcos de Moraes.

Como proceder contra a influenza aviária?

Todas as suspeitas de influenza aviária devem ser notificadas imediatamente, presencialmente ou por telefone, aos Serviços Veterinários Estaduais ou nas Superintendências Federais de Agricultura. A notificação pode ser feita pela internet na plataforma e-Sisbravet.

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

A influenza aviária de alta patogenicidade é caracterizada principalmente pela alta mortalidade de aves que pode ser acompanhada por sinais clínicos, tais como andar cambaleante torcicolo; dificuldade respiratória e diarreia. Produtores de aves devem reforçar as medidas de biosseguridade das granjas, especialmente aquelas para evitar o contato de aves silvestres e de pessoas alheias ao sistema produtivo com as aves de produção.

Em relação às infecções humanas, o Mapa ressalta que podem ser adquiridas principalmente por meio do contato com aves infectadas (vivas ou mortas) ou ambientes contaminados (secreções respiratórias, sangue, fezes e outros fluidos liberados no abate das aves). Já o risco de transmissão às pessoas por meio de alimentos devidamente preparados e bem cozidos é muito baixo.

Plano de vigilância federal

Em julho de 2022, foi publicado o novo plano de vigilância de influenza aviária, contemplando a revisão de diretrizes para o atendimento e identificação de casos suspeitos e para a vigilância permanente da doença, por parte dos serviços veterinários oficiais. As orientações sobre a caracterização de casos suspeitos de IA podem ser encontradas na ficha técnica disponibilizada no site do Mapa.

Foto: Agência Brasil

Neste ano, já foram recebidas 34.205 amostras nos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária em São Paulo e no Rio Grande do Sul (LFDA-SP e LFDA-RS) na vigilância ativa e passiva. O plano também amplia a vigilância em aves comerciais e de subsistência e inclui a amostragem em aves localizadas em propriedades que estejam próximas a sítios de aves migratórias no país.

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