Rio Grande do Sul
Cartilhas orientam sobre cuidados com gestantes durante o agravamento da pandemia de Covid-19
Publicações trazem dicas de prevenção e destaca a importância de as gestantes procurarem atendimento na rede de saúde já nos primeiros sintomas, de preferência onde realizam o acompanhamento pré-natal.
Duas cartilhas com orientações para a prevenção e controle da Covid-19 entre as grávidas e puérperas do Estado foram publicadas em formato online pela Secretaria da Saúde (SES). De acordo com o último Boletim Epidemiológico de Mortalidade Materna e Infantil do Rio Grande do Sul, de janeiro a abril deste ano, o Estado apresentou 35 óbitos maternos por Covid-19 (foram seis em todo o ano de 2020). Além disso, de acordo com o Sistema 3A de monitoramento, das 21 regiões do Estado, 14 estão em situação de alerta, ou seja, apresentam piora em indicadores que apontam os riscos de aumento da propagação e de colapso do sistema de saúde, devendo adotar protocolos mais rígidos.
A presença de novas variantes é apontada pelo médico Paulo Sérgio da Silva Mário, da Política da Saúde da Mulher da SES, como um dos principais motivos para o crescente número de casos e óbitos por Covid-19 entre este público. “O aumento da mortalidade materna até o momento está diretamente associado ao agravamento da pandemia e ao surgimento, no início deste ano, da variante P1 do coronavírus, o que fez aumentar o número de casos, internações e letalidade, tanto em gestantes quanto em puérperas em todo o Estado”, explica.
Mário reafirma que “as gestantes e puérperas são consideradas um público com maior risco de apresentar formas graves da doença, em comparação com as mulheres não grávidas, portanto, demandam cuidados específicos”.
Cartilhas
“Recomendações para gestantes e puérperas no contexto de pandemia do coronavírus (Covid-19)” é uma cartilha que apresenta orientações sobre aspectos de prevenção à Covid-19, vacinação, parto e momentos em que se deve buscar atendimento nos serviços de saúde. Foi elaborada em uma linguagem acessível e ilustrada, favorecendo sua adoção como um material de consulta para casos de dúvidas e de auxílio no cotidiano de gestantes e puérperas.
A publicação “Como agentes comunitários de saúde e visitadores do Programa Primeira Infância Melhor (PIM) podem apoiar as gestantes e puérperas no contexto da Covid-19?” tem como objetivo fortalecer as ações de orientação e a identificação de sinais de alerta relacionados à Covid-19 em gestantes e puérperas.
A coordenadora adjunta do PIM, Carolina Drugg, diz que as publicações trazem dicas de prevenção e destaca a importância de as gestantes procurarem atendimento na rede de saúde já nos primeiros sintomas, de preferência onde realizam o acompanhamento pré-natal.
“É fundamental que esse acompanhamento seja mantido durante a pandemia, com a utilização da máscara e higienização das mãos, e sempre aguardar o atendimento em local aberto ou bem ventilado”, salienta Carolina.
Vacinação
Como as gestantes e puérperas foram incluídas no grupo de comorbidades para a vacinação contra a Covid-19, as cartilhas trazem informações sobre a imunização deste grupo. As grávidas podem tomar a vacina estando em qualquer idade gestacional, desde que tenham recomendação do médico que acompanha o pré-natal.
A vacina da influenza é fundamental para prevenir formas graves da gripe, mas deve haver um intervalo de 14 dias entre a aplicação dela e do imunizante contra Covid-19.
Orientações para as grávidas e puérperas que já estão com Covid-19:
• Não esqueça de usar máscara enquanto estiver amamentando, realizando a higiene ou brincando com o bebê.
• Evite falar ou tossir durante a amamentação.
• Se tossir ou espirrar, troque a máscara.
• Antes de tocar o bebê ou de retirar leite materno (de forma manual ou utilizando uma bomba extratora), lave as mãos com água e sabão ou use álcool em gel 70% nas mãos.
• Evite que o bebê toque sua máscara, cabelos e olhos.
Para acessar as cartilhas:
• Como ACSs e visitadores do PIM podem apoiar gestantes e puérperas no contexto da Covid 19
• Recomendações para Gestantes e Puérperas no Contexto de Pandemia do Coronavírus