Esporte

CBF muda sistema de classificação para Copa do Brasil e valoriza estaduais

Sairão dos estaduais as 80 das futuras 92 vagas para o torneio nacional de 2024.

Por Terra Publicado em 27/12/2022 18:23 - Atualizado em 03/06/2024 11:33

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou mudanças no sistema de classificação para a Copa do Brasil de 2024. A entidade descartou o ranking nacional de clubes e passou a valorizar os campeonatos estaduais como referência para preencher 80 das futuras 92 vagas para o torneio nacional de 2024.

As novidades foram anunciadas já no regulamento da Copa do Brasil de 2023, publicado na noite de segunda-feira. Na parte final do documento, a CBF explica as mudanças, com mais de um ano de antecedência, a tempo de as federações estaduais se adaptarem aos novos critérios. A Copa do Brasil mexe com a atenção dos clubes porque paga premiação de R$ 80 milhões ao campeão, e dá vaga na Libertadores do ano seguinte.

Se o sistema de classificação para 2023 conta com três critérios, o processo terá apenas dois para o ano seguinte. O primeiro critério não sofreu alteração e trata das 12 vagas a serem concedidas aos clubes que se classificarem para a Copa Libertadores e para aqueles que se sagrarem campeões da Série B, da Copa do Nordeste e da Copa Verde, complementando esta lista de 12 times com equipes do Brasileirão, respeitando a ordem de classificação.

A grande novidade está no segundo critério. Até a edição de 2023, este critério abarcava 70 clubes classificados com base nos estaduais de 2022. Havia ainda um terceiro critério, reservando 10 vagas para equipes via ranking nacional de clubes. Com a mudança, o segundo e o terceiro critérios foram unidos em apenas um, excluindo a parte do ranking dos clubes. Assim, 80 vagas serão definidas a partir dos estaduais. E a distribuição de vagas por Estado vai respeitar o ranking nacional das federações.

Desta forma, São Paulo e Rio, que são as duas primeiras colocadas na lista das federações, terão seis vagas cada na competição nacional. Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná terão cinco times cada, enquanto Ceará, Goiás, Santa Catarina, Bahia, Pernambuco, Alagoas, Mato Grosso, Pará e Maranhão vão contar com três representantes. Os demais Estados terão apenas duas equipes cada.

Assim, a CBF fortalece os campeonatos estaduais e também as próprias federações, que ganharam maior autonomia para definir os times classificados por meio dos novos critérios. Pelas regras, nos Estados com apenas duas vagas, estas deverão ser reservadas automaticamente para os dois melhores times do respectivo torneio Estadual.

Mas, a partir do aumento destas vagas em cada federação, há a liberdade de escolher até três times que não sejam os melhores do Estadual, a critério de cada entidade local. As federações poderão até criar torneios seletivos especificamente para dar vaga na Copa do Brasil, desde que essas competições sejam reconhecidas pela CBF. A ideia da entidade é dar uma sobrevida aos Regionais.

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