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Censo 2022 registra mais de 136 milhões de pessoas, e ultrapassa 60% da população

Pesquisadores estiveram em mais de 47 milhões de domicílios em todo o país. Falta de recenseadores causa atraso

Por Fonte: Brasil 61 Publicado em 10/11/2022 16:04 - Atualizado em 03/06/2024 11:31

Pesquisadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já abordaram 136.022.192 em mais de 47,7 milhões de domicílios no país. Com isso, o Censo 2022 ultrapassou a marca de 60% da população recenseada. Os dados são do terceiro balanço de coleta, que abrange o início da operação, em 1º de agosto, até o dia 31 de outubro.

Do total de pessoas recenseadas, 31,69% estavam na região Nordeste, 38,45% no Sudeste, 13,99% no Sul, 8,88% no Norte e 6,99% no Centro-Oeste. Até o momento, 48,3% da população recenseada eram homens e 51,7% eram mulheres. Esse total corresponde a 63,77% da população estimada do país.

"Fiquei surpresa porque, para mim, isso é uma coisa tão distante, nem sabia que de fato acontecia o censo assim”, comentou a publicitária Lana Rocha que, em 41 anos, recebeu os recenseadores do IBGE pela primeira vez. “Fiquei feliz em poder contribuir, em poder responder, em poder tá aí contando com alguma informação. espero que tenha sido útil", completou a comunicadora.

Entretanto, o instituto tem enfrentado dificuldades para colocar recenseadores nas ruas para a coleta. Em todo o país, são 90.552 contratados em campo - 49,5% do total de vagas disponíveis (183.021). “Isso é diferenciado por região. A gente tem estados onde a produção está adequada dentro do que a gente tem em termos de previsão de término, mas em alguns estados de fato a carência de pessoal é maior”, explica Luciano Duarte, coordenador Técnico do Censo 2022.

Os estados mais adiantados, ou seja, com maior proporção de pessoas recenseadas em relação à população estimada são todos do Nordeste. Em primeiro lugar está o Piauí, com 86,08% da população abordada pelos pesquisadores do IBGE; seguido por Sergipe, com 83,19%, e por Rio Grande do Norte, com 80,48%. Os menos adiantados são Mato Grosso (42,72%), Amapá (51,47%) e Acre (54,07%).

“Por isso a gente tem que fazer esse adiamento. Investir em melhorias de remuneração dos recenseadores, flexibilização de contratação de mão de obra, com algumas restrições aí sendo retiradas para que a gente consiga mais pessoal”, afirma Duarte, ao justificar o adiamento para o encerramento da coleta de dados para dezembro deste ano. Um quarto e último balanço com os dados preliminares do estudo ainda é esperado para o início do próximo mês.



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