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Chapecó: Servidores municipais anunciam greve para o próximo dia 20
Conforme informou o sindicato, caso o prefeito João Rodrigues não encaminhe a emenda para atender ao Plano de Carreira e o reajuste de 7,50% para todos os servidores, a greve irá iniciar.
O Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Chapecó e Região anunciou uma greve na próxima segunda-feira (20) em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina. O anúncio aconteceu durante manifestação na noite desta quarta-feira (15), em frente a Prefeitura Municipal.
Conforme informou o sindicato, caso o prefeito João Rodrigues não encaminhe a emenda para atender ao Plano de Carreira e o reajuste de 7,50% para todos os servidores, a greve irá iniciar. O prazo para uma resposta é sábado (18), quando ocorre a nova assembleia da classe.
“A motivação para a greve são os ataques do PLC 03/2023 e PLC 04/2023 que altera a legislação municipal em vigor e não contempla a reposição da perda salarial dos Servidores Municipais e do reajuste do Piso Nacional para todo o Magistério”, explica o sindicato em nota.
O movimento de reajuste salarial e valorização da classe ocorre em todas as regiões de Santa Catarina. “Queremos o piso na carreira para todos, quem tem graduação, especialização, mestrado, doutorado, todos são valorizados. Não tem sentido, né? Estudar mais, ter formação maior e não receber. Então essa é a nossa luta”, comentou Alvete Pasin Bedin, mebro do Sinte/SC.
Em nota, a prefeitura de Chapecó informou que considera ilegítima intenção de greve dos professores vai descontar os dias parados. Disse ainda que, Chapecó foi o primeiro município do Brasil a aderir ao Piso Nacional do Magistério.
Confira a nota na íntegra:
“Em relação ao Aviso de Intenção de Greve dos professores municipais, a Administração Municipal considera que ela é descabida, já que Chapecó é um dos municípios que melhor paga a categoria em Santa Catarina.
O prefeito João Rodrigues destacou que Chapecó foi o primeiro município do Brasil a aderir ao Piso Nacional do Magistério, no ano passado, onde 90% dos professores passaram a ganhar mais de R$ 6 mil no município. Apenas dois servidores recebem o piso em Chapecó.
Além disso, a Confederação Nacional dos Municípios orientou as prefeituras a entrarem na justiça. Em Chapecó, além de manter o piso, no início do ano teve reajuste de 6% da inflação, mais 1% de ganho real, para todos os servidores.
Rodrigues disse que o projeto encaminhado para a Câmara de Vereadores tem como objetivo desvincular os reajustes de algumas vantagens que os professores acumulam, que às vezes geram um ganho adicional ou em duplicidade, em detrimento de outros servidores.
De acordo com o Secretário de Governo, Thiago Felipe Etges, no projeto encaminhado para a Câmara, a regência de classe, que já teve um reajuste de 10 para 15%, passará a ser reajustada não pelo piso nacional, mas pelo reajuste baseado na UFRM, sem perdas, com correção monetária anual.
Os benefícios de titulação também serão desvinculados do piso do magistério. Em relação ao pedido de reajuste no período da pandemia, Etges disse que havia uma Lei Federal proibindo o aumento e que nenhum servidor do país teve este benefício no período.
O prefeito também destacou que, quem entrar em greve terá descontados os dias parados. As medidas foram divulgadas em vídeo, do qual também participou a secretária de Educação, Astrit Tozzo”.