A chuva que atinge São Paulo desde a madrugada desta segunda-feira, 10, paralisou as atividades na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp).
Caminhões foram invadidos pela água, entre eles o do motorista Tadeu Américo, 59 anos, morador de Sombrio, no Sul de Santa Catarina. Ele aguardava por uma carga para retornar para casa, quando foi surpreendido pela chuva.
Tadeu viajou a São Paulo na semana passada, e descarregou o maracujá produzido na região de Sombrio e Jacinto Machado no sábado. No domingo não há demanda por cargas, e por isso ele resolveu passar a noite no estacionamento do Ceagesp. Na manhã desta segunda-feira, ele acordou com a água invadindo o caminhão.
— Estou ilhado e aguardando os bombeiros para resgatar por bote. Alguns motoristas também foram tirados com ajuda de helicóptero. Estou aguardando, mas o bote acabou encostando em algo e furou — conta.
Com mais de 20 anos de experiência, Américo conta que essa é a primeira vez que ele passa por algo assim. Ele aguardava pelo resgate ou que o nível da água baixasse para poder sair do caminhão.
Toda a cidade de São Paulo está estado de atenção para alagamentos desde a 1h02.
Devido ao transbordamento de rios e córregos, as seguintes regiões estão em estado de alerta:
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou hoje (10) 114 milímetros de precipitação na estação do Mirante de Santana, zona norte da capital paulista. É o segundo maior volume de chuva em São Paulo para um mês de fevereiro em 77 anos. Diante dos transtornos causados pela forte chuva, a Defesa Civil recomendou que os paulistanos fiquem em casa.
Na capital paulista, a chuva mais forte começou no final da tarde do domingo (9) e permanece firme nesta segunda-feira. Considerando todos os meses do ano, este foi o oitavo maior acumulado em 24 horas de toda a história de medições do Inmet.
Na Grande São Paulo, foram registrados em Barueri 145,8 milímetros, maior volume de chuva desde 2013.